Estabilidade é uma palavra cara a Roger Schmidt. Uma das imagens que se colaram ao trabalho do alemão na época passada foi a de um treinador que pouco mudava no onze, seguindo o princípio de que é mais fácil evoluir com base na continuidade. No entanto, com o início de uma nova temporada e as movimentações de mercado, o treinador tem sido obrigado a experimentar diferentes soluções.
A maior rotatividade tem sido notada na posição de ponta de lança, onde o Benfica já teve 12 jogadores diferentes a ocupar o posto em 19 partidas oficiais. Segundo o jornal O Jogo, as mudanças têm sido principalmente por decisão técnica, uma vez que o treinador não encontrou um substituto à altura de Gonçalo Ramos, que se transferiu para o Paris Saint-Germain no último verão. A procura por um avançado que possa marcar golos, pressionar os adversários e contribuir com assistências tem sido desafiadora para Schmidt.
Até agora, o internacional croata Petar Musa tem sido o jogador que teve mais oportunidades para mostrar o seu valor. Musa foi titular em cinco jogos consecutivos, mas nenhum dos concorrentes ao lugar conseguiu ter a mesma continuidade. Arthur Cabral, Gonçalo Guedes e Tengstedt também tiveram oportunidades, mas sem a mesma sequência de jogos como titular.
Essa falta de continuidade tem sido refletida na escassez de repetições do onze titular. O Benfica só repetiu a mesma equipa inicial em duas ocasiões nesta temporada, nos jogos contra o Vizela e o Arouca. No entanto, o sistema tático utilizado nesses jogos, o 3x4x3, não se manteve como a escolha principal do treinador.
Para o próximo jogo contra o Inter de Milão, pela quinta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, é esperado que Roger Schmidt opte por dar continuidade ao jovem Tengstedt na frente de ataque. O jogador tem ganhado destaque e tem sido elogiado pelo seu desempenho nos treinos. Juntamente com Morato, que tem atuado como defesa-esquerdo, Tengstedt pode trazer equilíbrio à equipa e melhorar o desempenho, especialmente na competição europeia.
Embora a falta de estabilidade na posição de ponta de lança seja uma preocupação para o Benfica, a continuidade de Tengstedt pode ser a solução para travar essa tendência. Acredita-se que o jovem avançado tem o potencial de se tornar o titular indiscutível e trazer a estabilidade que o treinador deseja para a equipa. Resta agora ver como ele irá se sair nos próximos jogos e se conseguirá corresponder às expectativas.