João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, fez duras críticas à atual direção do clube, liderada por Rui Costa, em relação ao silêncio e à falta de ação sobre a centralização dos direitos televisivos. Noronha Lopes questionou o papel de liderança da direção no que considera um tema crucial para o futuro do futebol português: ““A única reação conhecida foi o envio, pela Liga, de um documento à Autoridade da Concorrência, tentando acelerar um processo opaco e mal conduzido. O Benfica foi ignorado. Outra vez.””

O candidato não hesitou em afirmar que as dúvidas levantadas pela direção sobre a centralização dos direitos televisivos chegaram tarde demais. ““Denunciei publicamente, em várias ocasiões, os riscos deste modelo. Fui ignorado. Como se os interesses financeiros e desportivos do Benfica fossem secundários.”” Essa postura tardia foi vista por Lopes como uma falha clara da direção, que deveria ter tomado medidas mais proativas muito antes da situação se tornar crítica.

Preocupações sobre a centralização dos direitos televisivos

Rui Costa, atual presidente do clube, argumentou sobre a posição do Benfica em relação a uma proposta de 300 milhões de euros em receitas anuais com a centralização dos direitos. Ele alegou que, na realidade atual do mercado audiovisual, ““é provável que o valor da centralização não atinja sequer os 150-200 milhões de euros.”” Essa declaração revela uma preocupação com a sustentabilidade financeira do clube a longo prazo.

Enquanto essa discussão se desenrola, surge a situação do jovem jogador João Rego, que o Benfica pretende blindar com um novo contrato. Segundo uma fonte, ““a intenção da SAD encarnada passa por blindar o jovem médio ofensivo com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, ao nível das mais altas do clube.”” Este parece ser um passo importante para o clube, que busca garantir a segurança e a continuidade de seus talentos promissores.

João Rego e o futuro do plantel

Rego, de 20 anos, já fez algumas aparições com a equipa principal e é visto como uma das grandes promessas do clube. No entanto, a crescente atenção sobre seu futuro, com interesse vindo tanto de Portugal como do estrangeiro, levanta questões sobre a estabilidade do plantel principal. A possibilidade de um empréstimo pode fazer parte da estratégia do clube para assegurar que o jovem jogador tenha o espaço necessário para evoluir em sua carreira.

Com as críticas à liderança atual e uma tentativa de proteger seus jovens talentos, o Benfica se encontra numa encruzilhada. Noronha Lopes indaga: ““Quando vai a Direção do Benfica assumir o papel de liderança que lhe compete? Ou vamos, mais uma vez, acordar quando já for tarde?”” A situação provoca um intenso debate sobre a gestão e o futuro do Benfica, tanto em termos de liderança quanto na formação e preservação de suas promessas.