A despedida de Ángel Di María do Benfica é um momento carregado de emoção, refletindo o profundo apreço que o jogador argentino sente pelo clube da Luz. Em uma entrevista aos meios oficiais do Benfica, Di María declarou: ““É amor puro. É um amor que, desde que cheguei com 17, quase 18 anos, e agora que me vou com 37 anos, senti sempre que era a minha casa, que é o meu lugar no mundo””
. Essa afirmação revela não apenas a paixão do jogador pelo emblema, mas também a sua conexão emocional com a comunidade benfiquista.
O amor de Di María pelo Benfica refletiu-se também no carinho que a torcida demonstrou com o seu retorno, após uma carreira vitoriosa na Europa. Ao revisitar os seus cinco anos na Luz, a trajetória de Di María é marcada por conquistas memoráveis. Ao longo da sua passagem, ele venceu um campeonato, uma Supertaça e três Taças da Liga, totalizando 217 partidas, 51 golos e 49 assistências.
Reconhecimento entre os companheiros
No contexto da sua saída, Tiago Gouveia, colega de equipa e amigo, expressou publicamente sua admiração ao dizer: ““Um agradecimento especial ao Di María, que fez o último jogo com a camisola do Benfica. Eu cresci a vê-lo jogar. É um prazer enorme privar com ele no balneário, uma pessoa incrível. Vai deixar muitas saudades, ficar no meu coração. Tem uma humildade tremenda, após tudo o que conquistou. É uma pessoa fantástica, especial””
. Essas palavras capturam a essência da influência que Di María exerceu não apenas dentro de campo, mas também no relacionamento com os seus companheiros.
Di María desembarcou em Lisboa em 2007, ainda um jovem jogador, e ao longo dos anos, ele evoluiu para um dos maiores talentos a brilhar no Estádio da Luz. O caminho não foi fácil, especialmente na sua primeira época, onde enfrentou desafios como a instabilidade na equipa. No entanto, com a chegada do treinador Jorge Jesus, Di María encontrou o espaço e o apoio necessários para florescer, culminando em uma temporada de notável sucesso e, eventualmente, sua transferência para o Real Madrid.
Retorno triunfante e desafios
Ele voltou ao Benfica mais experiente, após uma estada vitoriosa no futebol europeu, e os adeptos fizeram uma calorosa recepção ao jogador. Em seu retorno, Di María rapidamente deixou a sua marca, anotando um golo na Supertaça contra o FC Porto e, na última época, totalizou seu recorde pessoal de 47 jogos, 17 golos e 13 assistências. Contudo, apesar do desempenho individual notável, ele expressou a tristeza pela falta de conquistas coletivas em seu retorno, especialmente na busca pelo título nacional.
Na verdade, a verdadeira essência do seu legado no Benfica vai além dos números e troféus. Di María entrou para a história como um símbolo de dedicação, talento e amor pelo clube. Na sua despedida, fica claro que ““Benfica é amor puro””
, um sentimento que transcendeu os campos e que continuará a ser lembrado tanto pelos adeptos quanto pelos jogadores que tiveram a oportunidade de jogar ao seu lado.
Um legado indelével
O futuro pode levá-lo de volta ao seu Rosário Central, mas a marca que deixou na Luz é indelével e continuará a inspirar muitos. A despedida de Di María não é apenas um adeus, mas uma celebração de tudo o que ele representou para o Benfica e para os seus fãs.
À medida que a comunidade benfiquista se despede de um dos seus grandes ídolos, fica a certeza de que a paixão e dedicação de Di María deixarão uma marca duradoura na história do clube. O seu legado continuará a ser uma fonte de inspiração para as futuras gerações de jogadores e adeptos que viverão a história do Benfica.
