O julgamento do caso 'Saco Azul' está a provocar repercussões significativas no meio desportivo português. Domingos Soares de Oliveira, antigo CEO do Benfica e agora administrador da SAD do Al-Ittihad, foi o último arguido a ser ouvido, e as suas declarações suscitaram a atenção de todos. O ex-dirigente afirmou com veemência: ““Nunca lidei com essa empresa nem com essa pessoa. Não tive conhecimento de qualquer plano””
, referindo-se à empresa Questão Flexível e a José Bernardes, uma figura central da acusação.
Soares de Oliveira apresentou a sua versão dos factos, afirmando que não tinha intervenção direta no futebol profissional nem nas finanças do clube. Contudo, reconheceu ter estado ligado apenas a processos específicos, como a venda de João Félix e Enzo Fernández, reforçando que nunca
teve conhecimento sobre planos ilícitos que poderiam ter sido levados a cabo pela instituição. Esta afirmação visa desviar qualquer associação negativa à sua gestão.
Relação com Luís Filipe Vieira
Apesar das acusações, o ex-CEO também abordou a sua relação com Luís Filipe Vieira, ex-presidente do clube. Soares de Oliveira afirmou que mantém ““uma relação de amizade””
com Vieira, evidenciando que a amizade entre ambos permanece inabalável, mesmo diante de alegações conturbadas. Esta declaração ressalta a complexidade das relações dentro do clube, especialmente em tempos de crise.
A amizade entre ambos, segundo Soares de Oliveira, não foi afetada pelas dificuldades enfrentadas, o que pode indicar uma ligação mais forte que as circunstâncias adversas. O ex-dirigente parece determinado a proteger a sua imagem e a de Vieira, mesmo em meio a um processo judicial complicado.
Planos de Expansão do Benfica
Em termos de estratégia, o ex-dirigente revelou que o Benfica já estudou aquisições no estrangeiro e que houve contactos com clubes da Premier League para expandir a fama e influência do clube a nível internacional. Isto oferece uma perspectiva sobre o modo como a direção pensava operacionalizar um plano de crescimento global.
Soares de Oliveira acredita que o sucesso do clube passa pela internacionalização e pela exploração de mercados fora de Portugal, o que pode contribuir para a sustentabilidade financeira do clube. As suas declarações revelam a ambição de manter o Benfica como uma das principais potências do futebol europeu, apesar dos desafios que enfrenta atualmente.