A disputa pela presidência do Benfica intensifica-se com críticas e propostas de dois candidatos, João Noronha Lopes e João Diogo Manteigas. Lopes, ex-dirigente do clube, expressou a sua insatisfação com a liderança atual, referindo-se a Rui Costa como “a grande figura do benfiquismo”
mas sublinhando que “para ser presidente do Benfica, não basta ser benfiquista. É preciso competência e capacidade para o liderar”
.
Por outro lado, Manteigas, que também se candidatará ao cargo, apresentou um plano abrangente com cinco pilares fundamentais, destacando a importância de medidas concretas para revitalizar o clube. Esta competição entre visões diferentes promete moldar o futuro do Benfica.
Críticas à Liderança Atual
João Noronha Lopes não se poupou a críticas à atual gestão do Benfica, especialmente no que diz respeito à transparência financeira e às conquistas desportivas. Lopes afirmou que os benfiquistas esperam do seu presidente “essa capacidade de liderança, de visão estratégica, de saber escolher os melhores e de os pôr a trabalhar em conjunto, acima dos interesses pessoais”
. Essa abordagem implica uma gestão mais audaz e eficaz, que Lopes considera urgente.
Além disso, Lopes defendeu que “obviamente que se consegue pela criação de incentivos financeiros para que os jogadores da formação possam ficar e ser campeões pelo Benfica”
. Esta visão abrange não apenas a retenção de talentos, mas também uma crítica à estratégia de transferências do clube nos últimos anos.
Propostas de João Diogo Manteigas
Em resposta às críticas, Manteigas apresentou um plano robusto para o Benfica, com “54 medidas para implementar no clube”
. Ele destacou a importância do pilar desportivo, afirmando que deseja “otimizar o valor de mercado das equipas, do scouting e da estrutura”
, algo que irá beneficiar não só a equipa principal, mas também o futebol de formação e feminino.
Manteigas também enfatizou a necessidade de auditoria e transparência dentro do clube, propondo uma “auditoria forense do Grupo Benfica, nomeadamente olhando às transferências de atletas do futebol e das modalidades”
. Segundo Manteigas, restaurar a confiança dos sócios é fundamental para uma gestão mais responsável e sustentável das finanças do clube.
O Futuro do Benfica
Com os dois candidatos a expressar visões contrastantes sobre o futuro do Benfica, a eleição à presidência promete ser um importante marco. Lopes desafia a ideia de que o clube deve vender jogadores anualmente para ser financeiramente sustentável, afirmando que “se o nosso rival tem condições para reter os melhores jogadores, ninguém me convence que o Benfica não tem”
.
A disputa não é apenas sobre quem irá liderar o clube, mas também sobre a visão e os valores que guiarão o Benfica nos próximos anos. A combinação de propostas e críticas de ambos os candidatos poderá definir um novo rumo para a história do Benfica e os seus adeptos.