A nova temporada do Benfica promete ser longa e movimentada, com a aproximação do Mundial de Clubes e as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões a exigir um trabalho atempado na preparação do plantel. Recentemente, surgiram rumores sobre possíveis regressos de jogadores que marcaram a história do clube, sendo Nélson Semedo, Renato Sanches e Victor Lindelöf alguns dos nomes mais falados.
Renato Sanches e o seu Futuro
Miguel Santos, guarda-redes que jogou ao lado de Sanches, partilhou a sua visão sobre a situação do jogador. Ao referir-se a Renato Sanches, Santos disse: “Eu tive a possibilidade de trabalhar com o Renato, na pré-temporada anterior, quando ele estava na transição do PSG para o Benfica. Tenho a mesma ideia de que quando jogámos juntos. O Renato é uma pessoa muito séria no trabalho que faz. As lesões ou uma possível má performance não são por falta de profissionalismo, não são por falta de vontade.”
Santos defende Sanches, que enfrentou um ano complicado, afirmando: “Ele teve um lance fortuito, na final da Taça, que pode ter custado um título ao Benfica. Mas a vida segue. Somos seres humanos e erramos. Do meu ponto de vista, ele devia apostar num novo projeto para que possa começar do zero. Se calhar, não seria totalmente descabido.”
Nélson Semedo e a Defesa do Benfica
Sobre a possibilidade do regresso de Nélson Semedo, Santos acredita que seria uma boa adição à defesa. Ele afirmou: “Eu acho que seria sempre um bom regresso. Na senda do Renato, é um excelente profissional e bastante comprometido. Já vem com uma carreira muito diferente daquela que tinha quando saiu do Benfica, está praticamente feita.”
No entanto, Santos sublinha as dificuldades financeiras do clube face ao que pode oferecer o futebol fora de Portugal: “Todos sabem que fora de Portugal as condições são outras. Mas o Benfica pode acenar com a Liga dos Campeões e com outras coisas.”
Victor Lindelöf e o seu Desempenho na Premier League
O internacional sueco, Victor Lindelöf, também foi mencionado nas conversas. Santos comentou sobre o desempenho de Lindelöf na Premier League, afirmando: “Acho a Premier League um campeonato muito difícil e não é para todos. Por aquilo que é a minha maneira de ver o jogo e a maneira como conheço o Victor, o estilo de jogo dele não se encaixa tão bem no campeonato inglês.”
Santos vê Lindelöf com melhores condições para triunfar em ligas diferentes, afirmando: “Seria muito bom para o Benfica se ele for para lá com 100% de vontade. Mas, na minha opinião pessoal, acho que o Victor encaixava muito bem num campeonato italiano.”
A Importância do Conhecimento da Instituição
Miguel Santos acredita que o Benfica beneficia ao considerar o regresso de jogadores que conheçam a instituição. Ele afirmou: “Eu vejo o presidente como uma pessoa inteligente. As pessoas que ele está a tentar trazer são aquelas que sempre sentiram muito o clube. Não trouxe ninguém que, no passado, não tenha sentido bastante o clube.”
Contudo, Santos também expressou a sua preocupação com a mentalidade dos jogadores, adicionando: “Sabemos que o Benfica não quer ganhar amanhã, quer ganhar ontem. Para manter o estatuto de maior clube de Portugal, que o é na minha opinião, são precisas conquistas. Quem faz parte da estrutura do Benfica tem que ter uma vontade de ganhar enorme e não se contentar com menos do que isso.”
João Félix e o seu Potencial Regresso
Por fim, Santos deixou uma perspetiva sobre o possível regresso de João Félix: “Eu treinei com o João Félix, na pré-época do ano passado. O João pode passar uma imagem de uma pessoa mais relaxada, mas ele é extremamente comprometido e focado no trabalho dele. Ele precisa de encontrar o projeto certo e na altura certa.”
Santos concluiu afirmando que o Benfica é demasiado grande para estar a pedir a jogadores para voltarem: “O que não falta são os jogadores a querer jogar no Benfica. Mas quem vier tem que ter muita vontade. Faz sentido ele regressar ao Benfica se houver 100% de vontade do jogador de fazer parte do projeto.”
Os comentários de Miguel Santos refletem a expectativa e as incertezas que envolvem o futuro de potenciais regressos ao clube, onde a vontade do jogador parece ser um fator determinante para o sucesso.