O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou, esta sexta-feira, o mapa de castigos da 32.ª jornada da I Liga, revelando multas avultadas para clubes de destaque. As decisões abrangem incidentes ocorridos em partidas recentes, gerando encargos financeiros para as sociedades desportivas visadas.
No que toca ao Sporting-Gil Vicente, disputado no passado domingo e que terminou com a vitória leonina por 2-1, o clube de Alvalade enfrentou uma série de penalizações que culminaram numa multa total significativa. A utilização da aparelhagem sonora por parte do speaker, aos 26 minutos, com a expressão “Todos até ao fim, Sporting”, foi sancionada em 5.610 euros. Adicionalmente, um atraso de três minutos no arranque da segunda parte “sem qualquer justificação” resultou numa multa de 4.080 euros para o Sporting, enquanto o Gil Vicente foi penalizado em 1.680 euros pelo mesmo motivo.
Penalizações pela Conduta dos Adeptos
As manifestações dos adeptos nas bancadas também foram alvo de atenção por parte do Conselho de Disciplina. As tarjas exibidas no Topo Sul de Alvalade, com dimensões superiores às legalmente permitidas, contendo mensagens como “Existo porque resisto”, “Damos a vida por ti”, “No Jogo das nossas vidas deem a vida” e “Juntos vamos apagar a Luz”, direcionadas ao dérbi com o Benfica, valeram uma multa de 1.910 euros para o Sporting.
O comportamento de jogadores lesionados, nomeadamente Daniel Bragança (510 euros), Nuno Santos (230 euros) e João Simões (230 euros), que entraram em campo após o apito final para celebrar com a equipa sem estarem inscritos na ficha de jogo, também foi sancionado.
Conduta da Equipa Técnica do Sporting
Para além das questões relacionadas com o público e os jogadores não inscritos, a conduta de membros da equipa técnica também esteve sob avaliação. Os festejos de Luís Neto, adjunto de Rui Borges, dentro do retângulo de jogo, após o golo do Sporting, resultaram numa multa de 1.910 euros.
O relatório do CD detalha a situação: “A partir dos 40 minutos da 2ª parte até ao final do jogo, o agente desportivo, inscrito no modelo P como elemento de apoio ao staff técnico com acesso à zona técnica, Luís Carlos Novo Neto, permaneceu na zona técnica junto à cabine de revisão VAR. O mesmo agente, ao minuto 45 da segunda parte, após o golo da equipa visitada, o Sporting CP - Futebol SAD, entrou no retângulo de jogo para festejar o golo, regressando depois ao mesmo lugar, junto à cabine de revisão VAR”. No total, as diversas infrações custarão ao Sporting 17.670 euros.
Multas ao Benfica
Paralelamente, o Benfica também foi visado no mapa de castigos divulgado pelo Conselho de Disciplina, na sequência do jogo frente ao Estoril-Praia, que as águias venceram por 2-1 no passado sábado. A maior parcela das multas aplicadas ao emblema da Luz advém do comportamento incorreto do público, face à utilização de “engenhos explosivos ou pirotécnicos”, o que custou 4.460 euros aos cofres encarnados.
A atitude do treinador principal, Bruno Lage, em não utilizar a braçadeira identificativa “em zona visível” durante todo o jogo, apesar de alertado para tal pelo delegado da Liga, valeu-lhe um castigo de 510 euros. Pelo mesmo motivo, Ian Cathro foi multado em 280 euros.
Consequências para a Equipa Técnica do Benfica
As decisões disciplinares abrangeram ainda membros da equipa técnica. Ricardo Rocha, um dos adjuntos de Bruno Lage, foi penalizado em 640 euros e suspenso por 10 dias, na sequência da sua expulsão por protestos com a arbitragem. O técnico expressou o seu descontentamento gritando “Oito minutos? É uma vergonha” na reta final da partida na Amoreira.
Por fim, um atraso de três minutos “sem apresentar qualquer motivo” no início da segunda parte conduziu a uma multa de 1.428 euros para o Benfica. Em suma, o clube da Luz terá de pagar um total de 7.083 euros em multas resultantes deste jogo.
