Edgar Costa relata aliciamento para manipular resultado contra o Benfica

  1. Edgar Costa foi aliciado em 2016
  2. Miguel Pinho acusado de corrupção
  3. Oferta de 30 mil euros
  4. Investigação da Polícia Judiciária

Edgar Costa, um jogador de futebol, relatou ao Ministério Público como foi abordado para ter uma fraca prestação durante um jogo contra o Benfica, que ocorreu a 8 de maio de 2016. O depoimento do atleta serviu de base para a acusação contra o agente de jogadores Miguel Pinho, que representa, entre outros, Bruno Fernandes. Inicialmente, Costa havia declarado à Polícia Judiciária que foi aliciado antes de um jogo Marítimo-Benfica, mas não conseguiu identificar corretamente o suposto intermediário. Contudo, na sua segunda declaração, ao ser questionado sobre se tinha conhecimento, antes da data do jogo, de alguma oferta de dinheiro a jogadores do CS Marítimo para perderem frente ao SL Benfica, respondeu sim, conforme consta no auto de inquirição.

No contexto do seu depoimento, Edgar Costa explicou que “dois dias antes do jogo”, recebeu “uma chamada anónima no seu telemóvel de um indivíduo do sexo masculino, que na altura não se identificou e cujo nome já não se recorda”. Durante esta conversa, o homem disse que era “empresário de futebol e que, nesse âmbito, gostava de encontrar-se consigo”.

O Encontro no Hotel Pestana

O encontro entre Edgar Costa e o empresário aconteceu no Hotel Pestana Casino Park, no Funchal. O empresário estava à sua espera no hall de entrada do hotel. Após subirem a um quarto, Costa apercebeu-se de que lá dentro estava outro homem, descrito como mais velho. Mesmo sem conseguir nomear ambos os interlocutores, o jogador relatou que ambos afirmaram estar ali “em nome do SL Benfica” para lhe “fazer uma oferta, no valor de 30 mil euros, caso estivesse disposto a assumir uma fraca prestação” no jogo contra os encarnados.

O jogador disse que, segundo os homens, bastaria ele “jogar mal e não rematar à baliza” para receber a quantia oferecida. Ao mesmo tempo, foi-lhe garantido “um novo contrato de trabalho, melhor remunerado, noutro clube”. Esta proposta chocou Edgar Costa, que, estupefacto e desiludido, declarou imediatamente que não contassem consigo, afirmando que era e queria continuar a ser um homem livre. O jogador expressou ainda que “não aceitava a oferta, que nasceu pobre e podia morrer pobre mas nunca iria fazer uma coisa daquelas, ainda por cima ao clube que não só lhe paga o ordenado como ainda por cima é o clube do seu coração”.

A Reação Após a Oferta

Após a recusa de Edgar Costa, os dois interlocutores disseram-lhe para que pensasse bem. O jogador garantiu no seu depoimento que não tinha sido contactado por César Boaventura, que já foi condenado em tribunal, nem pelo antigo assessor do SL Benfica, Paulo Gonçalves. Na segunda vez que apresentou declarações, já perante uma procuradora do Ministério Público, Edgar Costa não só confirmou o teor do primeiro depoimento como, ao ser confrontado com fotografias da época, identificou Miguel Pinho como o “indivíduo mais novo que o contactou”.

Depois do primeiro depoimento de Edgar Costa, a Polícia Judiciária reuniu a lista de hóspedes do hotel nos dias que antecederam o jogo entre Marítimo e Benfica e organizou toda a informação num dossiê. Miguel Pinho foi, assim, constituído arguido, precisamente com base nos factos revelados pelo jogador. O DCIAP acusou Pinho de um crime de corrupção desportiva ativa agravada.

Pena e Consequências

O Ministério Público pediu, como pena acessória, a proibição do exercício da atividade de agente desportivo e ainda reclama o pagamento de 30 mil euros. Esta situação levanta várias questões sobre a integridade do desporto e o impacto das apostas e corrupção no futebol português. A ser confirmado, o envolvimento de um agente de jogadores na tentativa de manipulação de resultados é um tema preocupante que deve ser abordado com a seriedade que merece.

A história de Edgar Costa serve como um alerta para a necessidade de vigilância e a importância de medidas rigorosas para proteger a integridade do desporto. A luta contra a corrupção no futebol é um desafio que exige o comprometimento de todos os envolvidos, desde os jogadores até as instituições e federações desportivas.

Dérbi Benfica-Sporting: Encerramento de estabelecimentos gera preocupações económicas

  1. Encerramento de cerca de 60 estabelecimentos no Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII a partir das 17h00 de sábado.
  2. Jogo entre Benfica e Sporting tem início às 18h00 no Estádio da Luz.
  3. AHRESP: “Embora compreendamos a necessidade de garantir a ordem pública, não podemos deixar de assinalar o impacto económico que esta medida acarreta".
  4. Pedro Mendes Leal: a restrição “afeta toda a atividade económica na avenida".

João Neves: Entre o Sofá do Dérbi e a Final da Liga dos Campeões

  1. João Neves vai assistir ao dérbi Benfica x Sporting no próximo sábado e apoiar o Benfica.
  2. João Neves afirma que é pior assistir a um jogo importante na televisão do que estar em campo.
  3. João Neves acredita que o Benfica dará o seu melhor no dérbi pelo "manto sagrado".
  4. João Neves considera que a caminhada do PSG até à final da Liga dos Campeões é uma "história linda" para o clube.