O futebol português é um universo rico em memórias e figuras que brilharam ao longo do tempo. Entre essas figuras, Lorenzo Melgarejo, internacional paraguaio, ressurge no cenário com experiências notáveis e um passado significativo no Benfica. Aos 34 anos, Melgarejo ainda exibe talento no Libertad, onde é colega do também ex-benfiquista Óscar Cardozo. O jogador, que foi contratado pelo clube da Luz em 2011, teve um percurso misto em Portugal, começando a sua carreira no Paços de Ferreira, onde impressionou ao marcar 11 golos em 30 jogos, antes de subir para a equipa principal do Benfica.
O que realmente marcou a trajetória de Melgarejo no Benfica foi a tentativa do então treinador Jorge Jesus de adaptá-lo a lateral esquerdo, numa comparação audaciosa com Fábio Coentrão. “Não é fácil, mas ele é um miúdo inteligente e tem vindo a crescer. Lembrem-se do Fábio e vejam onde ele está”, afirmava Jesus. Contudo, os resultados não corresponderam às expectativas. A insistência de Jesus nesta adaptação gerou alguma tensão no clube, mas Melgarejo acabou por ser uma peça regular da equipa, atuando em 40 dos 56 jogos da temporada 2012/13.
Lorenzo Melgarejo: Um percurso marcado por desafios
Após ser vendido ao Kuban Krasnodar em 2013, Melgarejo seguiu a sua carreira na Rússia e depois na Argentina, onde também deixou a sua marca. Recentemente, durante uma partida da Taça dos Libertadores contra o São Paulo, Melgarejo teve um momento de destaque ao tentar marcar um penálti de forma audaciosa, demonstrando que, mesmo aos 34 anos, ainda há espaço para aprender e evoluir. Este gesto suscitou reflexões sobre a pressão que o jogador, que faz parte da história do Benfica, viveu, uma pressão que o rotulou na época como um dos 'flops' do clube.
Jocivalter: Uma voz da nostalgia no futebol português
Num outro ângulo da história do futebol luso, Jocivalter, ex-jogador do Boavista, expressa a sua preocupação pela situação atual de clubes que já tiveram maiores glórias. “O Boavista vive algo muito duro para uma massa adepta tão apaixonada”, menciona o ex-jogador, que hoje em dia se dedica ao pastoreio em Maringá. Os relatos da sua passagem pelo futebol português revelam o carinho que ele tem tanto pelo Boavista, com quem viveu momentos gloriosos na Champions League, como pelo Aves, que o acolheu no início da sua carreira. Jocivalter sente que ambos os clubes, agora em situações complicadas, merecem apoio num momento de luta pela sobrevivência.
Recordações de um passado glorioso
Falando sobre o seu tempo no Boavista, Jocivalter destaca a intensidade do futebol que viveu na época. “O nível de exigência era altíssimo, a começar na pré-temporada. Havia um nível técnico muito forte, muito talento, aliado a rendimento desportivo”, relata o ex-jogador. Com nostalgia, ele recorda a primeira época, que foi memorável e recheada de conquistas. A pressão das comparações com Deco, que também passou por Portugal, não o afetou negativamente, mas sim motivou-o. “As comparações só motivaram”, expressa Jocivalter, que recorda ainda um momento especial, quando conseguiu um golo que lhe valeu o prémio de melhor jogador da jornada, onde recebeu um eletrodoméstico da LG, refletindo a importância e as emoções do futebol não só em campo, mas na vida.
