O Benfica, sob a liderança de Rui Costa, delineou um plano ambicioso para solidificar a sua saúde financeira e competitividade desportiva. Nuno Catarino, CFO da SAD do Benfica, detalhou a estratégia em entrevista, onde a aposta na formação e a retenção de talentos emergem como pilares fundamentais. O grande objetivo é claro: alcançar os 500 milhões de euros de receita em cinco anos. Esta visão passa por reduzir a dependência da venda de jogadores, equilibrando as finanças do clube e permitindo reinvestimentos estratégicos no plantel. Catarino não descarta a possibilidade de quebrar recordes de investimento, admitindo que não é inevitável que, um dia, Orkun Kokçu, que custou 25 milhões de euros, deixe de ser o reforço mais caro da história do clube.
Formação e Retenção de Talentos: Pilares da Estratégia
A formação assume um papel central nesta estratégia. O clube procura, nas palavras de Nuno Catarino, “sempre nas compras, buscar perfis diferenciados versus os que já temos e continuar a reter mais o talento que desenvolvemos, e muito é da formação. Isso tem de ser parte da solução. Quem antes ficava dois anos, passava a ficar três ou quatro anos”. Esta aposta visa garantir um futuro sustentável e competitivo para o Benfica. A retenção de talentos é igualmente crucial. O clube pretende manter os seus jogadores promissores por mais tempo, maximizando o seu potencial e valor antes de considerar qualquer transferência. Esta abordagem estratégica permite ao Benfica fortalecer o seu plantel e aumentar as suas hipóteses de sucesso desportivo.
Renovações e Investimentos Estratégicos
O futuro de jogadores influentes como Nicolás Otamendi e Ángel di María também foi abordado, com Catarino a abrir “a ‘porta’ às renovações” de ambos. Recorde-se que, como frisou, “Já no ano passado renovaram contrato connosco. Nem vou falar da qualidade dos dois, porque nem vale a pena falar. É claro que podem renovar novamente”. A continuidade destes jogadores experientes é vista como um trunfo para a equipa. Por fim, Nuno Catarino abordou a capacidade financeira do clube para garantir a contratação de jogadores emprestados como Zeki Amdouni ou Samuel Dahl: “Quando nós andamos com um destes negócios, temos sempre de pensar que não faz sentido ter uma opção de compra se acharmos que não temos capacidade para exercê-la. É um formato aplicado também com Dahl e que no passado deu resultado”, completou, sublinhando a prudência financeira do clube nas suas operações.