Mathieu van der Poel expressou confiança, mas também cautela, relativamente aos próximos confrontos com Tadej Pogacar. Os dois ciclistas, ambos com aspirações de vitória, preparam-se para duelar na Milão-Sanremo, Volta à Flandres e, possivelmente, na Paris-Roubaix.
"Não tenho medo de Pogacar!", garantiu o neerlandês, atual campeão mundial, numa conferência de imprensa realizada durante o Tirreno-Adriático, prova que serve de preparação para as clássicas. No entanto, reconheceu a dificuldade em superar o esloveno: "Mas vai ser difícil vencê-lo."
Van der Poel abordou as diferentes dinâmicas das corridas. Na Milão-Sanremo, onde um final ao sprint é provável, o neerlandês acredita ter vantagem: "Se terminasse ao sprint, talvez eu lhe ganhe oito em 10." Contudo, lembrou o desempenho de Pogacar na edição anterior, onde conquistou o terceiro lugar, atrás de Jasper Philipsen e Michael Matthews, mostrando a sua capacidade também em chegadas rápidas.
Já sobre a Volta à Flandres, Van der Poel mostrou-se mais reservado. Reconhecendo a superioridade de Pogacar, que o venceu em 2023, quando o neerlandês se encontrava no seu melhor, afirmou: "Não há vergonha nisso, porque podemos ver o quão forte ele é em todas as corridas." Apesar disso, reiterou a sua determinação: "Vou tentar vencê-lo, inclusive em Sanremo. Mas vai ser difícil vencer Pogacar, é o homem a bater, sem dúvida."
O ciclista da Alpecin-Deceuninck, que teve um desempenho discreto no contrarrelógio inaugural do Tirreno-Adriático, ficando em 140.º lugar, a 1.46 minutos do vencedor, Filippo Ganna, recordou também a imprevisibilidade das corridas de um dia. Mencionou a sua derrota para Kasper Asgreen na Volta à Flandres, apesar de ser o favorito, sublinhando que "depois de uma corrida difícil e desgastante, nada é garantido."
Questionado sobre a sua relação com Pogacar, Van der Poel revelou que, apesar de não trocarem mensagens diariamente, mantêm um bom relacionamento: "Conversamos de vez em quando e temos um bom relacionamento. Há respeito mútuo."
Por outro lado, Javi García, antigo jogador do Benfica, elogiou André Villas-Boas, atual presidente do FC Porto, com quem trabalhou no Zenit. O antigo internacional espanhol, que passou pelo clube da Luz antes de rumar ao Manchester City e, posteriormente, ao Zenit, destacou as qualidades humanas e profissionais do treinador português. "Quando o Zenit me chamou, falei com o Villas-Boas e também ajudou muito estarem lá o Garay e o Witsel, que me falaram muito bem do clube e da cidade", recordou o antigo médio numa entrevista.
"Gostei de trabalhar com ele, como pessoa é extraordinário e não tenho nada de mal para dizer. É muito honesto, seja para o bem ou para o mal, e isso foi algo que aprendi com ele. Quando tinha de dizer algo, não pensava duas vezes", afirmou Javi García, sublinhando a experiência positiva no clube russo, onde conquistou o título de campeão, numa equipa que descreveu como "espetacular."