Depois de 21 anos consecutivos ao serviço do Benfica, 15 como jogador e 6 como dirigente, Luisão regressou ao Brasil em dezembro de 2024. Em entrevista, o antigo capitão dos encarnados partilhou a sua visão sobre a liderança do clube lisboeta.
Avaliando a presidência de Rui Costa, Luisão considera-a «superpositiva», afirmando que o ex-jogador é «uma referência muito grande para o Benfica no mundo inteiro» e que «quando se fala do Rui Costa, vão abrir-se portas para o Benfica em qualquer lugar do mundo». O brasileiro defende que Rui Costa deve tentar a reeleição, pois «está no caminho certo» e tem «muita experiência» para liderar o clube.
Elogios à dupla de centrais e ao plantel experiente
Quanto à equipa, Luisão elogia a dupla de centrais formada por António Silva e Tomás Araújo, dois jovens talentos que «surpreenderam» o ex-jogador. Segundo Luisão, estes jogadores cresceram rapidamente graças à «mescla de juventude com jogadores experientes», como Otamendi. Nesse sentido, o brasileiro acredita que o defesa argentino e Di Maria devem renovar os seus contratos com o Benfica, pois são «bons jogadores que devem continuar» no clube.
Esperança na remontada europeia
Sobre o confronto europeu com o Barcelona, Luisão mantém a esperança de uma remontada, pois acredita que «tudo pode acontecer» devido à qualidade demonstrada pelo Benfica no primeiro jogo, no qual esteve «perto de ganhar».
Luisão também comentou a crescente aceitação dos treinadores portugueses no Brasil, defendendo que os técnicos lusos «têm qualidade» e que «os brasileiros devem ser abertos a aprender com eles». O ex-jogador lamentou, no entanto, a «xenofobia» com que Jorge Jesus foi recebido no regresso ao Brasil, considerando-o «o melhor treinador» com quem trabalhou.
Por fim, Luisão revelou que a sua saída do Benfica no final de 2024 não foi um adeus definitivo, mas apenas uma «pausa de quatro meses», reafirmando que o clube encarnado «é a vida dele» e que recusou várias propostas para sair ao longo da carreira, com o objetivo de «deixar um legado».