O futebol português tem sido palco de algumas histórias emocionantes, protagonizadas por jogadores que se tornam verdadeiras lendas. Dois desses nomes são Miki Roqué e Fernando Meira, cujas carreiras e legados merecem ser relembrados.
Miki Roqué: Uma estrela brilhante apagada cedo demais
Miki Roqué, um nome que ficará para sempre gravado no coração dos adeptos do Real Betis. Precocemente desaparecido aos 24 anos em 2012, o antigo central espanhol deixou uma marca indelével no clube andaluz. Descoberto pelo Liverpool ainda nas camadas jovens, Roqué chegou ao emblema da cidade dos Beatles em 2006/07, tornando-se o jogador mais jovem de sempre a vestir a camisola dos reds na Liga dos Campeões. Porém, sem espaço na equipa principal, seguiram-se empréstimos a outros clubes, até que em 2010 chegou à Andaluzia, pelas portas de um Betis em recuperação. Rapidamente se afirmou como peça-chave na defesa da equipa, ajudando à subida dos andaluzes ao principal escalão do futebol espanhol.
Contudo, em março de 2011, a descoberta de um cancro pélvico abalou o jogador e os adeptos do Betis. Apesar dos esforços médicos, incluindo a ajuda de amigos como Gerard Piqué e Carles Puyol, Roqué não resistiu e partiu precocemente em junho de 2012. Desde então, o minuto 26 - o dorsal que envergava - de todo e qualquer jogo caseiro do Betis é recordado com ovações e cânticos que o tornaram uma lenda eterna no Benito Villamarín.
Fernando Meira: Um capitão imponente da Seleção Portuguesa
Por outro lado, também Fernando Meira deixou uma marca indelével no futebol português. O antigo defesa internacional, que fez quase toda a sua formação no Vitória de Guimarães, recorda com carinho o treinador Quinito, que o transformou num central de alta qualidade. «Ele pegou em mim, com uma formação toda a extremo-direito e colocou-me a defesa-central. É impossível tu não gostares do mister Quinito», recordou Meira, realçando a importância do técnico na sua evolução.
Seguiram-se passagens de sucesso pelo Benfica e pelo Estugarda, da Alemanha, onde foi campeão em 2007. Internacional português por 54 partidas, Meira teve a oportunidade de acompanhar de perto a ascensão de Cristiano Ronaldo na Seleção, realçando a competitividade e determinação do agora capitão luso, mesmo em atividades fora do futebol, como o ténis de mesa. O Mundial de 2006, no qual Portugal chegou às meias-finais, é outro dos momentos marcantes da carreira de Meira, que lamenta não ter ido mais longe naquela competição.