Após um domingo marcado por comunicados oficiais de Benfica e FC Porto com críticas à arbitragem, e depois do 'silêncio institucional' de Benfica e Sporting em relação à morte de Pinto da Costa, o antigo guarda-redes Beto apelou ao fim das «desavenças» entre os 'grandes' clubes do futebol português.
Em declarações aos jornalistas presentes na tomada de posse da nova direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Cidade do Futebol, em Oeiras, Beto afirmou que «acima de tudo, o objetivo é unir as desavenças do futebol português». Segundo o ex-internacional, o futebol «transformou-se já há muito tempo em algo importante para a economia do país» e é um «produto que tem de ser cuidado e valorizado».
Rivalidade saudável e harmonia
«Isso é unir, com todas as rivalidades que sempre existiram e fazem parte da paixão do futebol é isso que faz com que os adeptos vivam o futebol tão intensamente. Além dessa rivalidade, tem de haver uma harmonia no futebol para que este tenha uma imagem diferente e saia mais valorizado», explicou Beto.
O antigo guarda-redes compreende que «quando existe uma aproximação muito grande na tabela, começam os grandes a sentir que já uma possibilidade. Quando isso acontece começa-se a falar muito. Surgem nuvens à volta do futebol português». No entanto, defende que «é importante que o futebol e os jogos fluam de forma natural» e que «o futebol deve ser uma coisa transparente apaixonante, mas leal».
Novo ciclo na FPF
Beto, que integra a Comissão de Honra da nova direção da FPF, elogiou o trabalho desenvolvido pelo anterior presidente, Fernando Gomes, afirmando que «chegou uma era diferente, de aproveitamento maior daquilo que o futebol português tem produzido». O ex-jogador acredita que «hoje estamos aqui para celebrar essa tomada de posse» e que «temos uma bandeira que é Portugal tem talento. Mas que tem de ser potenciado».