Pedro Proença assumiu a presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com um discurso marcado pelo apelo à união entre os clubes e a confiança na capacidade da nova geração de dirigentes em "escrever um capítulo novo" para o futebol português.

No seu primeiro discurso após a tomada de posse, realizada na Arena Portugal, na Cidade do Futebol, Proença começou por afirmar que é hora de "virar a página" e executar um novo programa, com uma equipa preparada para implementá-lo.

Proença pede união entre agentes do futebol

O novo presidente da FPF dirigiu-se a "todos os agentes do futebol", pedindo que a união seja "regada todos os dias" e que a disputa entre os clubes se mantenha apenas em campo. «É hora de virar a página e executar um novo programa, com uma equipa preparada para implementá-lo», afirmou Proença.

Proença acredita que esta nova geração de dirigentes tem a "capacidade de escrever um capítulo novo", mas ressalvou que a responsabilidade de "virar a página" não é apenas sua, mas de vários dirigentes que o acompanham. O novo líder da FPF afirmou que espera "exigência" neste compromisso, reiterando que foi esse o entendimento que o ajudou a chegar à presidência.

Proença destaca importância dos "clubes maiores" e ascensão do SC Braga

Reconhecendo a importância dos "clubes maiores" - Benfica, FC Porto e Sporting -, Proença destacou que o SC Braga "já desafia a lógica tripartida" e que outros clubes seguem essa tendência, pois "o topo da pirâmide exige capacitação, competência e espírito coletivo". Nesse sentido, o presidente da FPF lembrou que Portugal é atualmente o sexto melhor país em pontos nas competições europeias de clubes, algo que classificou como "factos, não são análises subjetivas".

Centralização dos direitos audiovisuais é prioridade

Proença também abordou a centralização dos direitos audiovisuais, um "salto pelo qual tanto lutámos" e que, segundo o novo líder da FPF, segue na Liga Portugal "em absoluta autonomia, venha quem vier a dirigir". O presidente da FPF pediu aos clubes que não deem "nem um passo atrás" neste processo, afirmando que a centralização é uma "espécie de maioridade sempre adiada" e que, sem ela, a liga portuguesa será "uma liga adolescente, sem projeto, sem ambição e sem futuro".

Concluindo o seu discurso, Proença apelou a que todos tenham "a capacidade de fazer do virar de página algo que não aconteça apenas na Cidade do Futebol, mas também no futebol de Portugal. No futebol de Portugal inteiro", acreditando que "chegou esse momento, essa hora".