Lesões nos joelhos preocupam equipas médicas dos principais clubes portugueses

  1. Aumento da carga de trabalho e tempos de recuperação inadequados são fatores-chave
  2. Futebol é um desporto cada vez mais atlético, com mais acelerações, desacelerações, saltos e contacto
  3. Nutrição adequada, descanso, sono e gestão da carga física podem ajudar na recuperação de micro-lesões
  4. Em Inglaterra, 10 jogadores sofreram lesões graves nos joelhos esta época, sendo 7 entre o final de 2024 e início de 2025

Tendência preocupante em clubes sujeitos a intensa carga competitiva


O aumento de lesões graves nos joelhos de jogadores de futebol tem sido uma constante preocupação nos departamentos médicos dos principais clubes em Portugal e noutros campeonatos europeus durante esta temporada. O fenómeno tem-se verificado principalmente em equipas submetidas a uma carga competitiva elevada, com jogos consecutivos e pouco tempo de recuperação entre eles.

Em Portugal, os chamados «três grandes» - Benfica, Sporting e FC Porto - não têm escapado a este problema. Casos como os de Manu e Bah no Benfica, Nuno Santos e Daniel Bragança no Sporting, e Angel Alarcón no FC Porto B, são exemplos disso mesmo. Mas a questão não se limita apenas ao futebol português, sendo também visível noutros campeonatos, como o inglês.

Múltiplos fatores contribuem para o aumento de lesões


Segundo o médico Ramon Cugat, especialista catalão da confiança de Pep Guardiola e que já trabalhou com o Benfica no caso de Mantorras em 2003, «não há apenas uma causa, mas sim uma série de situações que aumentam a probabilidade de lesão». O especialista destaca que um dos fatores mais importantes é o «aumento da carga de trabalho e os tempos de recuperação inadequados».

Cugat, que trata todas as lesões de joelhos dos jogadores do Manchester City desde a chegada de Guardiola, constata que os futebolistas de elite «não estão apenas a jogar e a treinar mais, como estão a desenvolver estas atividades com mais intensidade». «O futebol é um desporto atlético. O número de acelerações, desacelerações, saltos e contacto aumentam a cada época que passa. Isto torna o jogo mais atrativo para o adepto, mas implica um risco maior de lesão para quem o pratica», acrescenta o cirurgião, que já operou jogadores como Andres Iniesta, Xavi, Fernando Torres e Kevin de Bruyne.

Cuidados essenciais para reduzir o risco de lesão


O especialista sublinha que o corpo humano tem os seus próprios mecanismos para lidar com esta exigência física, mas que «nutrição adequada, descanso, sono e uma boa gestão da carga física podem ajudar os tecidos do corpo a recuperar das micro-lesões». Cugat reconhece que ainda há muito a descobrir sobre os fatores que podem influenciar a ocorrência de lesões nos ligamentos cruzados anteriores, desde o tipo de chuteira ao estado da relva, passando pela saúde mental do atleta.

Em Inglaterra, a BBC recorda que o argentino Lisandro Martínez, do Manchester United, se tornou no 10.º jogador a sofrer uma lesão grave num joelho esta época. Sete dessas lesões aconteceram entre o final de 2024 e o início de 2025, um número significativamente superior ao registado em épocas anteriores, com 12 lesões em 2016/17 e 9 na temporada passada.

Golo de bicicleta de Samu Aghehowa eleito Golo do Dia da Liga Europa

  1. Golo de bicicleta de Samu Aghehowa eleito Golo do Dia da Liga Europa
  2. Samu Aghehowa marcou um golo de bicicleta que ficou em primeiro lugar na votação
  3. Outros golos distinguidos foram os de Denso Kasius, do AZ Alkmaar, e de Brice Wembangomo, do Bodo/Glimt
  4. Apesar da eliminação do FC Porto, Samu Aghehowa ficou satisfeito por ver o seu golo reconhecido como o mais bonito da última ronda da Liga Europa

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  4. FC Porto tem a segunda média de idades mais baixa entre as equipas apuradas para os oitavos da Liga Europa

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