A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto durante mais de 30 anos, gerou reações diversas no mundo do futebol português. O autor Jorge Pessoa e Silva defende que, apesar de ter tido uma relação conturbada com os rivais Benfica e Sporting, os dois clubes deveriam ter emitido uma nota de pesar pela passagem do histórico dirigente.
Uma oportunidade para uma nova era de colaboração
Segundo Pessoa e Silva, «Benfica e Sporting deviam dar a mão e também ajudar Villas-Boas» a abrir uma nova era de colaboração no futebol nacional, após a eleição do novo presidente do FC Porto. O autor reconhece que «nunca gostou da estratégia e da comunicação de Pinto da Costa», criticando a forma como o antigo líder portista «elegeu inimigos e não apenas rivais». No entanto, defende que «cada homem é um universo até nas suas contradições, no bom e no mau».
Apesar de não ter sido uma «manifestação de falta de respeito», o autor considera que Benfica e Sporting «deviam ter emitido uma nota de condolências». Isto porque, na sua opinião, «não seria hipocrisia», mas sim um «voto institucional em relação ao atual FC Porto», aproveitando a oportunidade para «uma nova era no futebol português, mais colaborativa do que guerrilheira».
Uma nova era com Villas-Boas
O autor elogia a postura de André Villas-Boas, o novo presidente do FC Porto, que «tem feito um esforço meritório de, tendo enfrentado e criticado os últimos anos de gestão de Pinto da Costa - de quem recebeu injusta ingratidão - usou o poder de uma vitória esmagadora para manter todos os equilíbrios». Neste sentido, Pessoa e Silva acredita que «essa porta não se pode fechar» e que Benfica e Sporting deviam «dar a mão e também ajudar Villas-Boas».
Por fim, o autor considera que «chega de guerras sem sentido» no futebol português e deixa os seus «sinceros votos de pesar à família de Jorge Nuno».