O Benfica rejeitou categoricamente as conclusões de um estudo sobre as contas da sua SAD, classificando-o como «irresponsável, superficial e que confunde conceitos básicos de gestão desportiva e económica».
O estudo, desenvolvido pelos professores João Duarte e Adrian da Horta Filho e encomendado por Marco Galinha, possível candidato à presidência do clube, alerta que o Benfica poderá entrar em incumprimento da Regra de Rendimento Agregado de Futebol da UEFA já na época 2025/26, caso não se qualifique para a Liga dos Campeões. O documento também detalha que «no último triénio, por cada euro ganho entre compras e vendas, apenas 15 cêntimos entraram nos cofres do Benfica».
Refutação do Benfica
Em comunicado, o Benfica refuta veementemente as conclusões do estudo, afirmando que se trata de «premissas erradas, conceitos trocados e factos apócrifos» que levaram a «conclusões erradas».
Primeiro, o clube garante que não está em risco de ser sancionado pela UEFA em matéria de sustentabilidade financeira, uma vez que nunca recebeu qualquer alerta ou multa sobre este tema. Segundo o último relatório da UEFA, o Benfica nem sequer é mencionado, ao contrário de outros clubes.
Lucros com transferências
Além disso, o Benfica nega que a intermediação represente um fator significativo nas suas transferências, afirmando que o valor médio ficou sempre abaixo dos 10% nos últimos quatro anos, dentro da referência indicativa de mercado. Aliás, estudos internacionais apontam o Benfica como um dos clubes que mais lucram com o mercado de transferências, tendo tido o quarto melhor saldo positivo da Europa, de acordo com o último relatório do Observatório do Futebol (CIES).
Por fim, o Benfica rejeita a ideia de que esteja em risco económico, considerando que o estudo entra em «cenários futuros de quebra de receitas e de descalabro desportivo» que só quem o assume pode admitir, sem prever qualquer adaptação de custos.