De acordo com um estudo do professor João Duarte, o Benfica acumulou prejuízos líquidos de 80 milhões de euros nos últimos quatro anos e o seu passivo aproxima-se dos 500 milhões de euros desde que Rui Costa assumiu a liderança do clube.
O aumento substancial da despesa operacional, sobretudo com salários e fornecimentos externos, é apontado como a principal causa destes resultados negativos. Os gastos com pessoal passaram de 77 milhões de euros por ano para 113 milhões com a gestão de Rui Costa, enquanto os gastos com serviços e fornecimentos externos cresceram para 79 milhões de euros por ano.
Outro dado relevante é que o Benfica tem recebido valores muito baixos nas transferências de jogadores, em comparação com os seus rivais FC Porto e Sporting. Nos últimos três anos, o clube encaixou apenas 10 milhões de euros, quando deveria ter recebido 65 milhões entre vendas e compras.
Perante vários cenários traçados, alguns mais otimistas e outros mais pessimistas, o estudo conclui que o Benfica corre sérios riscos de entrar em incumprimento das regras financeiras da UEFA. Na projeção base, caso o clube não se qualifique para a Liga dos Campeões, «entrará em incumprimento ao final da época 2025/26»; na projeção otimista, «entrará em incumprimento no final da época 2026/27».
Segundo o autor do estudo, João Duarte, é urgente uma «mudança na gestão do clube» para evitar esta situação de incumprimento.