De acordo com um estudo realizado pelo professor da Nova SBE João Duarte, em conjunto com Adrian da Hora Filho, o Benfica acumulou prejuízos líquidos de 80 milhões de euros nos últimos quatro anos. Além disso, desde que Rui Costa assumiu a liderança do clube, o passivo aumentou substancialmente, aproximando-se dos 500 milhões de euros.
Risco de incumprimento das regras financeiras da UEFA
Perante diferentes cenários analisados, alguns mais otimistas e outros mais pessimistas, o estudo conclui que as águias correm o risco de entrar em incumprimento das regras financeiras da UEFA. «Na projeção base e na eventualidade do Benfica não entrar na Liga dos Campeões, entrará em incumprimento ao final da época 2025/26; Na projeção otimista entrará em incumprimento no final da época 2026/27», explicou João Duarte durante uma sessão pública realizada em Lisboa, que contou com a presença de Marco Galinha.
Aumento dos gastos operacionais
Os autores do estudo apontam que o aumento da despesa operacional, sobretudo nos gastos com pessoal e fornecimentos e serviços externos, está muito relacionado com os resultados negativos do clube. Os gastos com pessoal passaram de 77 milhões de euros por ano para 113 milhões de euros com a gestão de Rui Costa, enquanto os gastos com serviços e fornecimentos externos cresceram para 79 milhões de euros por ano.
Outro dado relevante é que o Benfica acaba por receber uma verba muito baixa com a transferência de jogadores, inferior aos valores alcançados pelos rivais FC Porto e Sporting. Nos últimos três anos, por exemplo, das receitas de 65 milhões de euros anuais que as águias deveriam receber entre vendas e compras, os cofres do Benfica só encaixaram 10 milhões de euros.