O empresário Marco Galinha deixou esta sexta-feira duras críticas à liderança de Rui Costa no Benfica, insistindo na necessidade de mais transparência na gestão do clube. Galinha apresentou um estudo sobre a Análise Económico-Financeira das contas do Benfica na última década, realizado a pedido de um grupo de sócios das águias.
Transparência e boa gestão são essenciais
Este estudo é serviço público, é um exemplo de transparência e a verdade nunca teve momento. A verdade e a transparência somente têm uma direção: razão e emoção. No futebol, a razão é a verdade, a transparência é a seriedade. O Benfica é a razão, a transparência e a luz. E a emoção são as vitórias do nosso clube. Mas nós, para ter as vitórias recorrentes, precisamos de ter razão primeiro, afirmou Galinha.
O empresário, que estuda uma eventual candidatura à presidência do Benfica, criticou a falta de transparência e boa gestão no clube. Sem boa gestão, não há poder económico. Sem ambição, não há glória. Sem glória, não há Benfica. E isso nunca, jamais pode acontecer, sublinhou.
O Benfica deve ser «campeão na gestão»
Galinha reiterou a necessidade de o Benfica ser «campeão na gestão», algo que, segundo ele, «hoje em dia não interessa». Na transparência, no governance, na liderança. Houve um grande empresário português que me disse 'Marco, não contes com muita seriedade e transparência no mundo do futebol'. Isso é um erro, é exatamente o futuro do mundo do futebol. É com transparência, seriedade, governance. Não há outro, defendeu.
O empresário lembrou ainda exemplos históricos de benfiquistas que se sacrificaram pelo clube, como o "Ti Júlio", que há 40 anos vivia com uma reforma de 12 contos, dando 7 contos para o Benfica e vivendo com apenas 5 contos por mês, apesar de passar a maior parte do tempo numa cadeira de rodas. Galinha destacou também o papel do Benfica como exemplo de democracia durante a ditadura em Portugal.