O futebol é um jogo imprevisível que só termina quando o árbitro apita. Apesar de o Benfica ter um pé e meio na fase a seguir da UEFA Champions League e o Sporting estar praticamente fora, ainda há esperança para os leões. Contudo, a realidade é que o Benfica está melhor posicionado para avançar na competição europeia, o que pode ter consequências no campeonato português.
Nos anos 60, o treinador húngaro Béla Guttmann ficou célebre pela frase «não há rabo para duas cadeiras», quando o Benfica conquistou o bicampeonato europeu mas falhou o título nacional. Essa afirmação continua atual nos dias de hoje, com a sobrecarga dos calendários competitivos a marcar as narrativas. Os jogadores cumprem mais minutos, lesionam-se com mais frequência, treinam menos e descansam menos do que o ideal. Esta é uma realidade que afeta quase todos os clubes e merece uma reflexão profunda das entidades nacionais.
Eleições e possíveis reformas
Aproveitando o período de mudança que se avizinha, com eleições na Federação Portuguesa de Futebol e na Liga, é importante repensar o melhor modelo para as competições em Portugal. Embora a nível internacional haja poucas possibilidades de retroceder, é necessário adaptar a realidade nacional às necessidades, o que poderá passar por uma redução do número de clubes nas ligas profissionais.
Objetivos distintos em campo
Nesta segunda metade da temporada, será interessante ver os efeitos que o play-off da Champions League terá em Sporting e Benfica. O pragmatismo leonino de se focar nas competições nacionais, na busca pelo título que lhes falta há 70 anos, prevalecerá? Ou o alento de seguir em frente na Europa terá um efeito mais eficaz no Benfica?
Ao nível das condições de treino e recuperação, as equipas encontram-se em pé de igualdade. O resto decide-se no talento, mas também na força psicológica dos jogadores.