Vangelis Pavlidis chegou ao Benfica no verão passado, vindo do AZ Alkmaar, com a reputação de goleador. No entanto, os primeiros meses na Luz foram algo irregulares, com apenas sete golos marcados em 29 jogos, o que levantava dúvidas sobre a sua capacidade finalizadora.
Tudo mudou no dia 21 de janeiro de 2025, quando Pavlidis anotou um hat-trick na derrota do Benfica por 4-5 frente ao Barcelona, na Liga dos Campeões. A partir daí, o avançado grego não mais parou de marcar, tendo nos últimos cinco jogos apontado sete golos, incluindo um à Juventus, um frente ao Estrela da Amadora e um bis contra o Moreirense.
A importância da confiança
Para Rui Águas, antigo avançado das águias, esta mudança no rendimento de Pavlidis explica-se com um fator fundamental: a confiança. «O rendimento dos jogadores, de todos eles, depende muito da sua confiança. E para os pontas de lança mais ainda, porque têm sobre si responsabilidades acrescidas. É um peso ainda maior quando as coisas não saem. Podem atravessar, como Pavlidis atravessou, períodos de dúvida, onde se falha mais do que se acerta, onde, por vezes, se duvida das suas capacidades. E depois, porque um golo aparece, as coisas mudam radicalmente. É isso que nós temos assistido», afirmou Rui Águas.
A aposta certa de Bruno Lage
O antigo internacional luso considera ainda que Pavlidis é o avançado ideal para a estratégia do Benfica, tendo em conta as opções disponíveis. «Tendo em conta as opções, é o avançado ideal. É um ponta de lança de excelente nível. Tem concorrentes que são também jogadores de valor, com experiência e com crédito. Mas nesta altura, é uma aposta de Bruno Lage, que insistiu nele, mesmo em momentos menos felizes, e está a colher os frutos, ele e o jogador», disse.
Rui Águas comentou também as lesões graves de Alexander Bah e Manu Silva, que não jogam mais esta temporada. O antigo goleador projetou o alinhamento das águias sem estes dois jogadores, afirmando que Tomás Araújo deverá assumir o lugar de lateral-direito, enquanto no meio-campo a equipa deverá voltar ao modelo anterior, com Florentino mais recuado ou com dois pivôs, dependendo da opção de Bruno Lage.