A 1 de maio de 2014, o Benfica de Jorge Jesus enfrentava uma tarefa aparentemente impossível. Após vencer por 2-1 em Lisboa, as águias tinham de proteger a magra vantagem diante de uma Juventus galvanizada pelo apoio do Juventus Stadium lotado, numa partida que definiria a final da Liga Europa.
Empurrados para trás pela «vecchia signora» durante grande parte do encontro, os encarnados viram a situação agravar-se após a expulsão de Enzo Pérez. Com a chuva a cair torrencialmente sobre Turim, Jorge Jesus, de cabelos encharcados, não parava de gritar e gesticular no banco, numa tentativa desesperada de reorganizar a sua equipa. Já não era altura de tentar a vitória, mas sim de evitar a derrota.
Nesse momento decisivo, o lateral-esquerdo Guilherme Siqueira, cedido pelo Granada, foi uma das peças-chave na resistência do Benfica. Contratado no verão de 2013 para colmatar a saída de Fábio Coentrão, o brasileiro revelou-se um herói improvável naquela noite em Turim.
Hoje agente de jogadores, Siqueira recorda com entusiasmo aquela jornada épica: «Se o Benfica me chamasse, não ia sequer perguntar para o que é. Tenho um carinho muito grande pelo clube e pelos adeptos. Foi uma noite inesquecível, em que conseguimos superar todas as adversidades e chegar à final.»