O Benfica atravessa um período turbulento com uma crise de resultados e indícios de insatisfação entre alguns jogadores do plantel. Após declarações públicas de Jorge Mendes sobre a vontade de António Silva deixar o clube, a imprensa portuguesa também noticia que Andreas Schjelderup e Benjamín Rollheiser não estão satisfeitos com os minutos jogados de águia ao peito.
Perante este cenário, o antigo futebolista Diogo Luís considera «estranho» que vários jogadores queiram abandonar o Benfica, contrastando com a aparente estabilidade noutros clubes rivais como o Sporting e o FC Porto. «É estranho como é que no Sporting não há tantos jogadores ou não há jogadores que queiram sair, ou pelo menos que o demonstrem publicamente», afirmou Diogo Luís à CNN Portugal.
Viagens de jogadores para a Argentina
As viagens recentes de Otamendi e Di María para a Argentina também têm sido alvo de polémica e agitação no universo benfiquista. O treinador Augusto Inácio criticou na rádio Observador o tratamento dado pelo Benfica a jogadores como Di María e Otamendi. «Há prima-donas no balneário do Benfica e os jogadores não são burros nenhuns», comentou Inácio, acrescentando que «eles é que mandam e dizem se querem ficar no Benfica ou se não querem».
Inácio entende que os jogadores com maior estatuto deveriam ser exemplo para o balneário, mas tem dúvidas de que as frequentes viagens de Otamendi para a Argentina sejam bem acolhidas. «Pelo seu estatuto deveria dar o exemplo ao balneário. Não o dá», disse Inácio, referindo ainda que Otamendi e Di María «mandam» no balneário do Benfica.
Liderança e gestão do plantel
O treinador português salientou ainda que Bruno Lage «tem 12, 13 ou 14 jogadores e não tem mais». Por isso, compreende que outros atletas queiram deixar o Benfica, uma vez que «aquilo tem prima-donas e ali há gente que tem um estatuto».
Recorde-se que o Benfica enfrenta uma fase delicada da temporada com jogos e com o descontentamento dos adeptos face às derrotas recentes. Há quem note que «Lage parece que sofre da mesma doença de Roger Schmidt» na comunicação com os jogadores. O clube precisa de ajustar o plantel e somar vitórias de forma rápida, sob pena de a contestação aumentar ainda mais.