No futebol, as opiniões mudam rapidamente. É preciso ter racionalidade na análise do momento, olhando para além da árvore e vendo a floresta, como bem lembrou Rui Costa, presidente do Benfica, num comentário com algum sarcasmo. O dirigente resumiu como «tudo muda tanto e tão rapidamente no futebol».
Mas há coisas que sustentam o futebol jogado e que quem o gere tem obrigação de perceber. Uma delas, a mais importante, embora não viva sozinha, é a qualidade dos jogadores. E nesse aspeto, o Benfica tem dois nomes de alto nível: Di María e Otamendi.
Di María, o melhor marcador do Benfica
Ninguém precisa de graduação para observar a qualidade de Di María. O argentino, de 36 anos, é nesta altura o melhor marcador do Benfica, com 11 golos. Somando as duas passagens pelas águias, de 2007 a 2010 e a atual, Di María conta com 194 jogos, 43 golos marcados e 43 assistências.
«Os números são absolutamente extraordinários e o nível altíssimo do rendimento deles também», afirmou Rui Costa. Di María é um campeão do mundo, com um currículo rico mas «espírito estagiário», algo raro de encontrar.
Otamendi, o capitão com 198 jogos
O caso de Otamendi é semelhante. O compatriota de Di María, também com 36 anos, é o capitão da equipa do Benfica e termina contrato no próximo verão, tal como o companheiro. Desde 2020/21, Otamendi soma 198 jogos, 197 como titular.
«Campeões do mundo, com currículo rico mas espírito estagiário é raro, é difícil encontrar e mais ainda reunir ao mesmo tempo num mesmo plantel. Por isso deve o Benfica sentir-se orgulhoso», destacou Rui Costa. O Benfica tem a obrigação de conseguir reter jogadores com este perfil se quiser elevar o nível da equipa.