Identificado como uma área prioritária a reforçar, o ataque do Benfica tem sido alvo de um forte investimento nos últimos anos. Desde a chegada de Rui Costa à presidência, em 2021, os encarnados já gastaram 93 milhões de euros em contratações de pontas-de-lança. No entanto, o retorno esperado deste investimento maciço ficou, até ao momento, aquém das expectativas.
Com sete avançados contratados neste período, o Benfica esperava resolver definitivamente as suas lacunas ofensivas. Contudo, apenas alguns conseguiram corresponder às expectativas, enquanto outros não tiveram tempo suficiente para se impor. No total, estes sete jogadores são responsáveis por apenas 15,4% dos 410 golos marcados pela equipa nas últimas quatro temporadas.
A aposta em Pavlidis, Amdouni e Cabral
Um dos grandes investimentos do Benfica neste setor foi a contratação do internacional grego Pavlidis, por 18 milhões de euros. O avançado tem sido uma das principais referências ofensivas da equipa, tanto com Roger Schmidt como com Bruno Lage, mas apenas conseguiu marcar seis golos em 1.416 minutos.
Outro reforço chegado recentemente foi Amdouni, que chegou cedido por dois milhões de euros, com uma opção de compra de 18 milhões. O internacional suíço marcou quatro golos em 407 minutos, mas tem sido utilizado principalmente como suplente. Já Arthur Cabral, contratado na época passada, também tem tido um papel secundário na equipa, somando apenas quatro tentos.
No total, estes três avançados são responsáveis por 14 dos 53 golos da equipa na presente temporada, o que representa apenas 26,4% dos tentos marcados.
Outras apostas falhadas
Para além de Pavlidis, Amdouni e Cabral, o Benfica contratou outros cinco avançados desde a chegada de Rui Costa à presidência. Yaremchuk, por 20 milhões de euros, marcou nove golos, enquanto Marcos Leonardo, por 18 milhões, apontou oito tentos.
Já Tengstedt, por 10 milhões, e Musa, por 5 milhões, tiveram menor impacto, com quatro e 21 golos, respetivamente. Por fim, o caso de Amdouni, cedido por dois milhões, com uma opção de compra de 18 milhões, que marcou quatro golos.
Um investimento sem o retorno esperado
No total, os sete avançados contratados pelo Benfica desde a chegada de Rui Costa à presidência marcaram 63 golos, o que representa apenas 15,4% dos 410 tentos da equipa neste período. Juntos, estes jogadores somaram 10.303 minutos em campo, ou seja, marcaram a cada 164 minutos.
Apesar do forte investimento realizado, o retorno em termos de golos ficou aquém do esperado pelos responsáveis do Benfica, que esperam que a aposta nestes jogadores possa dar frutos a médio e longo prazo.