Defesa-central intocável
O Benfica não vai considerar qualquer proposta que chegar, em janeiro, para a transferência de Tomás Araújo. Como acontece com António Silva, a estrutura do futebol profissional não abrirá mão de qualquer defesa-central. Nem de Nicolás Otamendi, como «A BOLA» adiantou a 8 de novembro, bem antes de Benfica e capitão das águias o confirmarem, a 22 de novembro, depois da insistência de rumores que davam conta de possível saída em janeiro.
Cenário de mercado
O jornal britânico The Sun avançou, anteontem, que Ruben Amorim está interessado em Tomás Araújo e que o Manchester United está a preparar-se para apresentar uma proposta de 50 milhões de libras, ou seja, de €60 milhões. O defesa-central de 22 anos tem uma cláusula de €80 milhões desde julho de 2023, quando prolongou o contrato até 2028.
O Crystal Palace, no último verão, manifestou ao Benfica o interesse em contratar Tomás Araújo. Tinha acabado de vender o dinamarquês Joachim Andersen ao Fulham por cerca de €35,2 milhões e queria investir parte desse dinheiro no internacional português. Tomás Araújo era, na altura, o terceiro central da hierarquia, atrás de Nicolás Otamendi e António Silva, mas o diretor desportivo daquele clube londrino, Dougie Freedman, seguia-o há muito e acreditava que tinha potencial para jogar ao mais alto nível.
Planos do Benfica
Foi isso, justamente, que se confirmou, mas o Benfica não quis nem quer negociá-lo. Tomás Araújo é, hoje, titular no centro da defesa ao lado de Otamendi e em detrimento de António Silva. Soma 13 jogos — todos na condição de titular — e continua a fortalecer a posição na equipa, como aconteceu, quarta-feira, no Mónaco, onde foi um dos melhores da equipa.
Os principais clubes europeus, como o Chelsea, continuam muito atentos às ascensão de Tomás Araújo. E o Benfica está, naturalmente, consciente desse interesse. Daí que esteja a preparar-se para se proteger.
A cláusula de €80 milhões salvaguarda os encarnados num futuro próximo, mas é provável que suba, em breve, no âmbito de eventual renovação ou renegociação de contrato, com respetiva subida de salário. Certo é que, neste momento, na Luz ninguém quer saber de ofertas.