No mundo de complexidades e dinheiro que traz o futebol, existem casos de jogadores que se afundam tanto que por pouco continuam a viver. Como aconteceu com Liam Hughes.
O avançado inglês, que jogou sobretudo nos escalões inferiores do futebol do seu país e uma época na Escócia, revelou as dificuldades que passou, que, inclusive, o levaram a pensar em tirar a sua própria vida.
‘‘Estava convencido que o melhor para todos era que já não estivesse aqui’’, admitiu.
Ter uma filha fez com que a sua saúde mental viesse abaixo, num caminho de negatividade e pensamentos suicidas.
Os problemas com drogas agudizaram a situação, contou: ‘‘Ganhava bastante bem, quase 1000 libras semanais, gastava entre 300 a 600 em cocaína. Tomava todos os dias, estava numa espiral de auto-destruição. Não dormia, tinha de beber para adormecer e para poder funcionar no dia seguinte tinha de voltar a consumir cocaína.’’
Uma nova tentativa de suicídio deu-se em 2018, juntamente com uma tentativa de assalto, em que foi violentamente agredido por quatro homens enquanto comprava cocaína. Isto enquanto ainda jogava.
O acontecimento foi o rastilho para procurar reabilitação, com o apoio da sua mulher. ‘‘Não sou perfeito, foi até ao fundo e chamei as portas do inferno para ser um melhor ser humano. Estou a lidar com os meus problemas e ser honesto. Quero ajudar toda a gente que possa e ser um bom marido e um bom pai’’, desabafou.