As maiores transferências e saídas polémicas nos três grandes clubes do futebol português

  1. A transferência de Rúben Amorim do Sporting para o Manchester United é uma das movimentações mais fortes no futebol português
  2. Jimmy Hagan foi demitido do Benfica após um incidente com os jogadores
  3. Mário Lino não treinou o Sporting na final da Taça de Portugal de 1974
  4. Malcolm Allison foi despedido do Sporting após polémicas no estágio na Bulgária
  5. Quinito pediu para sair do FC Porto devido à pressão da massa associativa
  6. Bobby Robson foi afastado do Sporting após uma derrota na Taça UEFA
  7. Toni foi campeão pelo Benfica duas vezes mas não continuou como treinador da equipa
  8. Manuel José e a direção do Benfica tiveram uma relação muito conflituosa
  9. José Mourinho saiu do Benfica após pedir a renovação do contrato

O mundo do futebol português é marcado por várias transferências e saídas polémicas de treinadores e jogadores dos três grandes clubes - Benfica, Sporting e FC Porto. Desde desentendimentos com dirigentes a divergências sobre a preparação das equipas, estes episódios têm sido frequentes ao longo dos anos.

Relembre alguns dos momentos mais marcantes envolvendo as principais equipas do país.

A birra de Jimmy Hagan


Tudo começou a 25 de setembro de 1973. De manhã, treino do Benfica; de noite, na Luz, festa de homenagem a Eusébio frente a uma equipa do Resto do Mundo. Dois dias antes, o Benfica batera o Belenenses, no Restelo, por 2-1. Dali a cinco dias, receberia o Oriental. Jimmy Hagan, treinador dos encarnados desde julho de 1970, com um tricampeonato no bolso (1971, 1972 e 1973, este sem derrotas), dá o treino. Voltas e voltas em redor do relvado da Luz. Às tantas, Hagan pede aos jogadores para saltarem por cima dos painéis de publicidade. Uns cumpriram as ordens, outros contornaram os obstáculos. O inglês chateia-se, diz que alguns dos jogadores não cumpriram a ordem dada e, como castigo, não os convoca para a festa de Eusébio. Porém, apenas Humberto Coelho e Toni ficam fora da lista. Veem a primeira parte do jogo na bancada e só, na segunda, por interferência de Borges Coutinho, então presidente do Benfica, entram em campo. Hagan abandona o relvado e, no dia seguinte, pede a demissão e Borges Coutinho aceita-a.

Mário Lino sem final de taça


Três semanas antes, a 19 de maio de 1974, o Sporting sagrara-se campeão nacional, após bater o Barreirense, no Barreiro, por 3-0. Seguiram-se a 26 de maio e a 2 de junho, os quartos de final da Taça de Portugal, frente a Boavista e Olhanense: 2-0 e 2-1 para os leões. Na final, um sempre apetecível Sporting-Benfica. Os encarnados tinham vencido três das cinco anteriores (1969, 1970 e 1972) e os verde-e-brancos as outras duas (1971 e 1973). Mário Lino, treinador campeão pelos leões, vencera a final de 1973 e estava na de 1974. Há, porém, divergências de opiniões entre João Rocha e Mário Lino, relativas à preparação da época seguinte (sim ou não a uma digressão aos Estados Unidos; sim ou não a prolongar o contrato com o treinador). E, na véspera da final, João Rocha comunica a Mário Lino que não será ele a estar no banco no Jamor, avançando Osvaldo Silva para o seu lugar. O Sporting ganharia a final por 2-1, golos de Nené (32'), Chico Faria (88') e Marinho (107').

Malcolm Allison, o 'libertino'


A 30 de julho de 1982, três meses após o Sporting se ter sagrado campeão nacional, com Malcolm Allison a treinador, João Rocha demite o inglês, na sequência de polémico estágio na Bulgária. O presidente dos leões informara os jogadores de que ia falar com Allison e, se ele não modificasse algumas atitudes que o Sporting considerava inadequadas, arranjaria outro treinador. Segundo o clube, o inglês era demasiado liberal na forma como permitia «algumas liberdades» aos jogadores. «Querem que eles se treinem e joguem como leões e vivam como carneiros?», perguntava Allison. O clube sustentava que o treinador permitia aos jogadores a ingestão de álcool «para lá do que era aceitável a um profissional de futebol» e que, durante o estádio em solo búlgaro, «houve demasiadas raparigas a conviver com alguns jogadores». Tudo junto, João Rocha avançou para a rescisão de contrato com Malcolm Allison e, a 22 de agosto de 1982, dia da primeira jornada do Campeonato Nacional, foi António Oliveira a comandar a equipa na receção ao Marítimo (1-0). Como jogador-treinador.

A pressão sobre Quinito


A 5 de novembro de 1988, Outubro fora calamitoso para o futebol do FC Porto: 0-2 com o HJK Helsínquia, 1-1 com o Farense, 1-0 ao Belenenses, 0-0 com V. Guimarães e Benfica, 0-5 com o PSV, 0-0 com o Fafe e, por fim, magrinho 2-0 sobre o Vilafranquense, para a Taça de Portugal. A seguir a este jogo, começaram a surgir notícias contraditórias: Quinito, o treinador, ia demitir-se; Pinto da Costa, o presidente, ia demiti-lo. A pressão exercida sobre o treinador foi demasiado pesada para aquela a que Quinito estava habituado (jogara no SC Braga, Santander, Belenenses, Académica e V. Setúbal; treinara Espinho, Al Yarmouk, SC Braga, Rio Ave, U. Lamas e Famalicão). O próprio confessou, mais tarde, não estar preparado para a pressão exercida pela massa associativa desabituada de perder. Pinto da Costa chegou a tentar demovê-lo, mas Quinito quis sair. E saiu. Na tarde de 5 de novembro, no jogo com o Leixões, nas Antas (1-0), seria Alfredo Murça a sentar-se no banco como treinador dos dragões. Pouco depois, Artur Jorge, de saída do Matra Racing, regressaria ao FC Porto.

Bobby Robson, o líder que sai


A 7 de dezembro de 1993, a Liga tinha três líderes no final da jornada 11 de 1993/1994: Sporting, Benfica e FC Porto somavam 17 pontos. Porém, no início de dezembro, na sequência de uma derrota por 0-3 em casa do Casino Salzsburg e consequente eliminação da Taça UEFA, o presidente dos leões, Sousa Cintra, decidiu afastar o treinador Bobby Robson. E explicou porquê: «Há ano e meio, quando ele assinou pelo Sporting, satisfiz todos os seus desejos: comprei os jogadores que ele queria, dei todas as condições à equipa técnica. Apesar de não ser treinador, sei ver, perfeitamente, quando se erra. E, no encontro com o Casino Salzsburg, Bobby Robson cometeu erros que não podia cometer.» Sousa Cintra contratou, então, Carlos Queiroz para substituir Bobby Robson. O Sporting continuaria na luta pela conquista do Campeonato Nacional, mas terminaria 1993/1994 no 3.º lugar, a um ponto do FC Porto e a três do Benfica.

Toni, o campeão que sai


Para suceder ao inglês John Mortimore, no início de 1987/1988, a Direção do Benfica, liderada por João Santos, escolheu o dinamarquês Ebbe Skovdahl. A experiência durou 17 jogos e Toni, o seu adjunto, foi promovido. Na época seguinte, a sua primeira de ponta a ponta no Benfica (1988/1989), foi campeão nacional com sete pontos de avanço sobre o FC Porto. Mas o Benfica, para atacar 1989/1990, preferiu ir buscar Sven-Goran Eriksson, campeão em 1983 e 1984, tendo Toni aceitado passar a adjunto. Cinco anos depois, a história repetiu-se, agora com Jorge de Brito como presidente. Toni substituiu Tomislav Ivic em outubro de 1992 e, na época seguinte, o Benfica foi, de novo, campeão. Fez o último jogo a 2 de junho de 1994 e, no dia seguinte, o então presidente do Benfica, Manuel Damásio, anuncia que Artur Jorge será o treinador para 1994/1995. Toni recusa passar a ser manager por considerar desadequado o tempo e o modo (só depois de o nome de Artur Jorge ter vindo a público) como a questão lhe foi colocada. Pela segunda vez, Toni era campeão nacional e pela segunda vez a Direção do Benfica escolhia outro treinador para atacar a época seguinte.

Cai Manuel Damásio, cai Manuel José


A 22 de setembro de 1997, passava um quarto de hora das 22 horas quando Manuel Damásio, presidente do Benfica, anunciou: «A Direção decidiu, por unanimidade, rescindir os contratos com os técnicos da equipa principal [Manuel José, Raul Sousa, Minervino Pietra e Jorge Teixeira].» E antes, uma revelação: «Decidimos pedir eleições antecipadas.» Há muito que a relação entre Manuel José e os dirigentes do Benfica era má. Toni, diretor-desportivo, tentou estabelecer a ponte. Porém, os maus resultados aceleraram o divórcio e colocaram ponto final na agonia, sendo que Manuel Damásio sempre dissera que Manuel José seria treinador do Benfica enquanto ele, Damásio, fosse presidente. E cumpriu. Quatro dias depois, o descalabro (que ainda ninguém antevia): Vale e Azevedo anuncia que será candidato à presidência do Benfica. Absurdamente (aos olhos de hoje), afirma na apresentação da candidatura: «A Direção, comandada pelo senhor Manuel Damásio, levou o Benfica para o abismo.»

Mourinho: renova ou sai


A 3 de dezembro de 2000, José Mourinho estava há pouco mais de dois meses como treinador do Benfica, após múltiplos anos no Barcelona como adjunto de Bobby Robson e Louis van Gaal. Fora apresentado na Luz a 20 de setembro como substituto de Jupp Heynckes e, nos 74 dias seguintes, ganha seis e empata três dos 11 jogos realizados. Porém, a relação com a Direção do Benfica, liderada por Manuel Vilarinho, deteriora-se rapidamente. Mourinho exige a renovação do seu contrato, que terminava no final da época, ou então sai. Vilarinho não cede às pressões e a 3 de dezembro, Mourinho deixa o Benfica, sendo substituído por Toni.

Trincão ressuscita e o Barcelona não o perde de vista

  1. Trincão está outro jogador e o Barcelona pode tirar proveito disso
  2. Sporting pagou €3 M pelo empréstimo e €7 M pela cláusula de compra obrigatória
  3. Barcelona reservou o direito de recompra dos direitos do jogador por €20-25 mil
  4. Trincão é o jogador com mais assistências na Liga

Graeme Souness acredita que Rúben Amorim enfrentará um desafio monumental no Manchester United

  1. Graeme Souness, antigo treinador do Benfica, escreveu sobre a ida de Rúben Amorim para o Manchester United na habitual coluna de opinião que assina no jornal britânico Daily Mail.
  2. Souness considera que Amorim está a dar «um grande salto» ao ir do Sporting para o United, «durante o pior período do clube na Premier League desde o início da competição».
  3. Souness defende que «três ou quatro dos jovens têm de se afirmar e mostrar que são jogadores de alto nível» e que Amorim «vai ter de ter muita sorte nas janelas de transferências».
  4. Souness acredita que Amorim «vai querer ter uma palavra a dizer no que toca a grandes transferências» e que «vai precisar de jogadores de topo, que possam render logo. E terão de ter uma certa mentalidade.»

Deeney aconselha Rúben Amorim a 'varrer tudo' no Manchester United

  1. Deeney aconselha Rúben Amorim a 'varrer tudo' no Manchester United
  2. Rúben Amorim ainda vai estar no banco do Sporting nos jogos frente a Manchester City e Sporting de Braga
  3. Deeney discorda da continuidade de Ruud van Nistelrooy na nova equipa técnica do Manchester United
  4. Deeney acredita que Amorim terá de fazer uma 'limpeza' no Manchester United para ter sucesso

Souness acredita que Amorim terá "tarefa hercúlea" no Manchester United

  1. Graeme Souness acredita que Rúben Amorim terá uma tarefa hercúlea no Manchester United
  2. Souness diz que nem Pep Guardiola conseguiria melhorar muito o United
  3. Amorim vai dar "um enorme salto do Sporting para o United"
  4. Souness acha que o trabalho de Amorim no United "será muito difícil", por causa da qualidade do plantel

Porto apresenta contas negativas de 21 milhões em 2023/24

  1. Resultado líquido negativo de 21,063 milhões de euros em 2023/24
  2. Crescimento positivo de todas as linhas de receitas operacionais, em particular as comerciais
  3. Perda de cerca de 40/45 milhões de euros em 2024/25 por falhar a Liga dos Campeões
  4. Valores de direitos televisivos (43 milhões por ano) estão descontados até dezembro de 2027
  5. Acordo com a Ithaka de 50 milhões de euros, sendo 15 milhões para modernizar o estádio

Varandas garante transição serena no Sporting após saída de Amorim

  1. Varandas brincou que «as negociações com o United foram difíceis, mas não justifica as marcas que eu tenho na cara»
  2. Amorim reforçou que esta seria a sua última época no Sporting, independentemente do que acontecesse
  3. Varandas garantiu que «sei que tanto ele como os meus jogadores querem ser bicampeões»
  4. Varandas afirmou que «o treinador anunciado a 11 de novembro é a peça-chave para seguirmos em frente»

Rúben Amorim confirma saída do Sporting para o Manchester United

  1. Rúben Amorim confirmou que deixará o Sporting no final da temporada para se juntar ao Manchester United
  2. Amorim revelou que informou a direção do Sporting no início da época sobre a sua intenção de sair
  3. A proposta do Manchester United foi a única que convenceu Amorim a deixar o Sporting

Rúben Amorim deixa Sporting para rumar ao Manchester United

  1. Rúben Amorim, de 37 anos, chegou ao Sporting em 2020 e rapidamente se afirmou como um dos melhores treinadores do futebol português
  2. No seu primeiro ano, conquistou a Taça da Liga e a Supertaça Cândido de Oliveira
  3. Na época seguinte, liderou o Sporting ao título de campeão nacional, quebrando o domínio de FC Porto e Benfica
  4. Amorim deixa o clube leonino para assumir o desafio de treinar o Manchester United, um dos maiores clubes do mundo

Varandas garante que a saída de Amorim do Sporting partiu do próprio treinador

  1. Varandas confirmou que Amorim considerou o final da época passada e o início desta como o momento ideal para terminar o ciclo no Sporting
  2. Negociações com o Manchester United foram difíceis, mas a decisão partiu do próprio Amorim
  3. Sporting vendeu um treinador a um dos colossos europeus pela primeira vez
  4. João Pereira é considerado uma peça-chave pela estrutura do Sporting