A nova temporada da Liga dos Campeões arrancou com algumas surpresas, com equipas menos cotadas a darem luta aos habituais gigantes do futebol europeu. Apenas três jornadas se realizaram, mas o atual formato da fase de grupos já se mostrou mais equilibrado e propício a resultados inesperados.
«Basta olhar para um Aston Villa, em que obviamente se reconhece competência, sobretudo desde a entrada de Unai Emery e Monchi, porém sem a capacidade de sedução dos gigantes do futebol mundial no diz respeito aos melhores jogadores, a dividir o primeiro lugar com o Liverpool.», destaca o articulista.
Sporting e Benfica na Liga dos Campeões
O campeão português Sporting também se encontra no grupo dos segundos classificados, partilhando essa posição com o Brest, uma equipa construída «desde janeiro de 2023, por um Éric Roy afastado do banco há mais de 11 anos, à base de emprestados, jogadores livres ou de clubes ainda mais modestos».
Quanto ao Benfica, a derrota frente ao Feyenoord coloca-o apenas no 13.º lugar, um lugar de play-off, antes de visitar o Bayern Munique, «uma cidade e, sobretudo, um adversário que escavam más memórias e alguns fantasmas nas profundidades da consciência coletiva encarnada.»
O Bayern Munique e o Atlético de Madrid em dificuldades
O Bayern Munique, apesar da goleada sobre o Dínamo Zagreb, «perdeu em Birmingham (1-0) e foi goleado em Barcelona (4-1), fazendo abrir naturalmente algumas fissuras na imagem de Vincent Kompany, que depois de não ter evitado a descida do Burnley chegou à Sabener Strasse com alguma estranheza, graças à recomendação do ex-treinador Pep Guardiola.»
Também o Atlético de Madrid passa por um momento difícil, «goleado na Luz por 4-0, depois de ter batido o RB Leipzig e antes de agora perder, no Metropolitano, com o Lille, quarto da bem menos atrativa Ligue 1, por 3-1. Os sete pontos que separam os colchoneros do líder Barcelona numa fase ainda precoce do campeonato espanhol dizem muito do momento que atravessa a equipa de Cholo Simeone.»
O Sporting e a ambição europeia
O Sporting, por sua vez, «cumpriu um plano bem delineado para bater o Sturm Graz e se chegar à frente na tabela, e o percurso parece estar bem aberto para ir mais longe na competição.» No entanto, os próximos jogos, frente ao Manchester City e Arsenal, «encerram uma exigência que os austríacos, o Lille e até um PSV muito bem trabalhado por um ressuscitado Peter Bosz não apresentaram.»
O novo formato da Liga dos Campeões
O articulista considera que a UEFA «terá, aparentemente, encontrado aqui uma fórmula para revitalizar a competição e até criar um pouco, pelo menos durante mais tempo, a dúvida sobre quem avança para a fase a eliminar.»
«O efeito surpresa não durará para sempre, porém para já é reclinar na cadeira e apreciar o espetáculo. Que será sempre melhor com uma boa resposta das equipas portuguesas.»