No seu artigo de opinião semanal no jornal 'Sporting', Tito Arantes Fontes, ex-presidente do Grupo Stromp, aplaudiu a entrevista que o atual presidente do Sporting Clube de Portugal, Frederico Varandas, concedeu à RTP3. Arantes Fontes recusou que o Sporting tenha recebido um perdão bancário do Novo Banco, afirmando que «baladas como a da 'ladainha do perdão' só demonstram a profunda hipocrisia em que essa gente está e ficou mergulhada», em referência ao Benfica e FC Porto.
As benesses aos rivais
Arantes Fontes acrescenta que tanto as águias como os dragões receberam «financiamento» com «simpáticas condições» da Caixa Geral de Depósitos (CGD), um banco público. «Não surpreendeu o modo como apaniguados e comentadores de outras cores futebolísticas comentaram essa entrevista do nosso presidente. Coitados, uns tentam justificar o injustificável atirando com o facto de o Sporting também ter tido, no passado, os seus telhados de vidro (como se as situações fossem similares e – como todos sabemos, incluindo eles próprios – a verdade é que não, não foram!)», começou por escrever.
O jurista e sócio dos verdes e brancos prossegue afirmando que «outros, por sua vez, continuam a confundir-se esgrimindo com hipotéticos "perdões" de que o Sporting nunca beneficiou… e esquecendo as benesses e prebendas que – eles sim! – foram recebendo dos poderes públicos!». Ele lembra que «a CGD, banco público, logo também "nosso", ter financiado – e como e com que simpáticas condições – o SL Benfica (desde logo o Seixal) e o FC Porto (o Dragão Caixa!)! E se ter "esquecido" de conceder iguais empréstimos ao Sporting!».
Multas da UEFA pelo uso de pirotecnia
Por outro lado, Arantes Fontes repudiou o reiterado uso de pirotecnia por parte dos adeptos do Sporting, algo que recentemente valeu uma multa de 74 mil euros por parte da UEFA, a maior da história do clube. «Continua o escândalo das multas em cima do Clube por causa de alguns que não se comportam à altura da instituição Sporting! Agora, a UEFA aplicou-nos mais uma multa, esta na "simpática" quantia de 74 mil euros… apre! Assim dói mesmo! Impõe-se mesmo acabar com este tipo de comportamentos, tanto pelos montantes em causa, como pelos perigos que tais artefactos representam, pois cada vez mais e infelizmente aumentam as vítimas dos petardos! Assim não!», rematou.