Bruno Basto recorda com saudade a breve passagem pelo Feyenoord treinado por Ruud Gullit

  1. Passou 14 anos como agente desportivo e tem a sua própria empresa há 10 anos
  2. Fez a transição para esta nova carreira pouco depois de acabar a de futebolista
  3. Jogou no Benfica, Bordeaux e Feyenoord
  4. Treinado por Ruud Gullit no Feyenoord

Da formação no Benfica à curta passagem pelos Países Baixos


Aos 46 anos, Bruno Basto é hoje um agente desportivo com 14 anos de carreira, tendo montado a sua própria empresa há uma década. Após terminar a sua carreira de futebolista, o antigo lateral-esquerdo fez a transição para este novo rumo profissional, em parte impulsionado pela sua passagem pelo Bordeaux, em França, onde diz ter tido uma boa preparação.

«Fui contratado pelo Ruud Gullit. Estava no Bordeaux. Foi uma transição diferente, para um grande clube, num campeonato diferente. Tinha feito quatro anos de excelência no Bordeaux e estava à procura de algo novo. O Ruud Gullit começou a ligar-me e lá me convenceu a transferir-me para o Feyenoord», recorda Bruno Basto.

A curta, mas marcante, passagem pelo Feyenoord


A sua estadia em Roterdão acabou por ser relativamente curta, de apenas um ano e meio. Depois de uma época a jogar com regularidade, em 2004/05, onde afirma ter-se adaptado bem ao país, os fracos resultados coletivos - o Feyenoord terminou em quarto lugar no campeonato e não conquistou títulos - levaram à saída do treinador Ruud Gullit.

«Eu era mais próximo dos brasileiros, pela questão da língua, mas como falava muito bem francês fiquei próximo do Salomon Kalou, do Karim Saidi, o central tunisino, e do Hossam Ghaly, do Egito. Também sou uma pessoa dada, que queria dar-me com todos. Mas com esses últimos tínhamos aulas de neerlandês juntos e criámos uma proximidade diferente. Eram muitas horas juntos. Vou falando com eles. Ainda o ano passado falei com o Salomon Kalou, quando esteve para vir jogar para cá», recorda o agora agente.

O legado do Benfica


Antes desta passagem por França e Países Baixos, Bruno Basto esteve largamente ligado ao Benfica, tendo feito toda a sua formação no clube e os primeiros anos como sénior - com duas épocas emprestado ao Alverca. Conviveu com grandes nomes do futebol português, como Nuno Gomes, Poborsky, Deco, Maniche ou João Vieira Pinto, mas não chegou a conquistar títulos.

«Infelizmente, na altura em que passei pelo futebol profissional, o Benfica passava por momentos conturbados e difíceis, muitos deles públicos, da gestão do presidente Vale e Azevedo. Nem tem comparação para aquilo que o Benfica é hoje em todos os aspetos. Hoje em dia, a nível de infraestruturas e de pessoas, não tem nada a ver. Na altura, havia cinco pessoas nos recursos humanos, sete/oito na contabilidade e duas no Marketing. Hoje em dia isso é impensável, estão num patamar muito diferente. Os recursos são diferentes, a evolução fez com que o clube fosse nessa direção e fosse caminhando para a dimensão que merece e onde tem de estar.»

Expectativas para o jogo com o Ajax


Quanto ao jogo desta quarta-feira, entre Benfica e Ajax, Bruno Basto tem boas expectativas, atribuindo favoritismo aos encarnados.

«Já jogaram este ano, mas foi um jogo completamente diferente, apesar do resultado desnivelado. São competições diferentes, com momentos para as duas equipas completamente diferentes. Espero que seja um bom jogo, com duas equipas. Sendo português, e sendo o Benfica um dos clubes mais importantes do meu trajeto como jogador, gostava que o Benfica vencesse. Em termos de competições temos de olhar para o futuro e o bem dos portugueses. Quem ganha é o futebol português, pelos pontos e pelo estatuto», conclui.

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  4. Rui Borges rejeita a ideia de que a equipa foi penalizada pela passividade da defesa

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