A Assembleia Geral Extraordinária do Benfica, realizada no sábado, 21 de setembro, no Pavilhão n.º 1 do Complexo Desportivo do Clube, ficou marcada pela demissão do presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), Fernando Seara.
A AG tinha como principal objetivo a discussão e aprovação dos novos estatutos do clube. Apesar da polémica em torno da demissão de Seara, a Assembleia conseguiu aprovar a proposta global de revisão de estatutos na generalidade, prosseguindo agora para a discussão e votação das propostas na especialidade e a votação final global das alterações.
Aprovação da revisão estatutária na generalidade
Durante a manhã, a proposta global de revisão de estatutos apresentada pela direção do Benfica foi «aprovada na generalidade, com expressa maioria qualificada», contando com a presença de 1.644 sócios, segundo informações do clube.
Entre as principais propostas de revisão estatutária aprovadas na generalidade, destaca-se a obrigatoriedade da maioria do clube na SAD, assegurando o controlo da gestão e a indicação do presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva. Está também prevista a limitação de três mandatos aos presidentes dos vários órgãos sociais do clube.
Divergências e demissão do presidente da MAG
No entanto, durante a tarde, quando se discutia e votava as propostas na especialidade, surgiram algumas divergências. João Diogo Manteigas, candidato assumido às próximas eleições do Benfica, pediu mesmo a suspensão da AG, por entender que o procedimento acerca da apresentação e votação das propostas não estava a funcionar e alguns sócios queixaram-se de falta de transparência da revisão estatutária.
Perante este cenário, Fernando Seara, presidente da MAG, decidiu apresentar a sua demissão. «Uma vergonha, vocês são uma vergonha» ou «demissão, demissão» foram alguns dos gritos ouvidos no Pavilhão da Luz após esta decisão.
Retoma da Assembleia e novas propostas aprovadas
A AG foi momentaneamente suspensa, mas acabou por ser retomada minutos depois, sob a condução do vice-presidente da MAG, José Pereira da Costa. Rui Costa, presidente do Benfica, apelou à calma dos sócios presentes para que os trabalhos pudessem prosseguir.
Relativamente aos sócios, a proposta contempla a possibilidade de transição dos sócios correspondentes para efetivos com metade da antiguidade, bem como o aumento do número de votos para os sócios jovens. Nas reuniões magnas, o clube passará também a votar as contas consolidadas do grupo Benfica, e não apenas as do clube.
