O projeto do RB Salzburgo na Áustria teve um papel fundamental de Roger Schmidt entre 2012 e 2014, período em que conquistou o título da Liga em 2013/14. No entanto, uma derrota traumática na Taça na temporada anterior pode ter influenciado a abordagem conservadora do técnico alemão em relação à rotação da equipa.
Segundo o antigo central brasileiro Rodnei, que jogou sob o comando de Schmidt no RB Salzburgo, a derrota nas meias-finais da Taça contra o FC Pasching, então na terceira divisão, impactou o treinador. Rodnei recorda: 'Tirou alguns dos principais jogadores e colocou-os no banco de reservas. Perdemos, e isso gerou um pouco de dúvidas sobre ele. Depois disso, entretanto, crescemos muito, principalmente ele próprio. Progredimos, evoluímos e passamos a viver de vitórias'.
Apesar de ter sido campeão nacional pelo Benfica logo na sua primeira temporada, Roger Schmidt tem sido objeto de críticas por não rodar muito a equipa e apostar quase sempre nos mesmos jogadores. Essa abordagem conservadora pode estar relacionada com a derrota marcante na Taça e o impacto que teve na forma como Schmidt encara a rotação da equipa.
No entanto, o trabalho de Schmidt no RB Salzburgo não se resume apenas a essa derrota. Em janeiro de 2014, o clube austríaco venceu por 3-0 o então campeão europeu Bayern Munique num jogo particular. Essa vitória, elogiada pelo técnico Pep Guardiola, impulsionou a carreira de Schmidt, que pouco tempo depois foi contratado pelo Leverkusen.
O especialista em futebol destaca o impacto do trabalho de Schmidt no projeto do RB Salzburgo: 'Ele mais acertou do que errou. Apesar de alguns momentos difíceis, como a eliminação na Taça, Schmidt conseguiu fazer a equipa evoluir e conquistar o título nacional. Além disso, a vitória sobre o Bayern Munique foi um marco na sua carreira e demonstrou a intensidade de jogo que ele implementou no clube'.
Hoje, o RB Salzburgo é um clube consolidado e irá enfrentar o Benfica, agora comandado por Roger Schmidt, na estreia da Liga dos Campeões. O projeto do clube austríaco tem as mãos de Schmidt, que deixou um legado importante para a equipa e para o futebol austríaco como um todo.