Num período de guerra, a sobrevivência é uma questão diária. As dificuldades são sentidas nas mais variadas áreas da vida quotidiana, mas os problemas trazem sempre exemplos de superação. O Shakhtar Donetsk é um desses casos. A operar fora da sua casa há uma década devido ao conflito com a Rússia, o clube ucraniano tem lutado pela sua existência, num momento em que as receitas estão a diminuir e é necessário encontrar alternativas.
As nossas receitas provêm quase exclusivamente de vendas. Os patrocínios caíram, perdemos jogadores estrangeiros que tínhamos comprado, agora estamos a expandir o nosso recrutamento na Ucrânia. Casos como o de Trubin ajudam-nos muito, afirmou o CEO do Shakhtar, Sergei Palkin, sobre a venda do guarda-redes para o Benfica.
Venda como única solução
A venda é a única solução, o que acaba por ser um problema dado as dificuldades no recrutamento. Queremos contratar um jogador estrangeiro, mas como é que explicamos à família do jogador que podemos garantir a sua segurança?, questionou.
Uma das ideias para o futuro é organizar jogos de preparação com clubes portugueses. Queremos organizar jogos de preparação e falámos do FC Porto, Benfica e Sporting. Nesses jogos podemos ganhar dinheiro para apoiar as pessoas na Ucrânia, os soldados... Estamos a apoiar pessoas que perderam as suas casas, soldados com ferimentos graves. É muito importante para nós termos estes jogos para gerar receita e transmitir uma mensagem sobre o que está a acontecer na Ucrânia, frisou.
Próxima grande venda: Georgiy Sudakov
Georgiy Sudakov será o próximo grande astro a sair do Shakhtar. Sergei Palkin revelou que houve negociações com o Nápoles, que ofereceram 40 milhões de euros, mas os ucranianos recusaram, acreditando que o jogador valerá mais. Ele vai dar o salto para um grande clube, afirmou Sergei Palkin.