Nuno Catarino, recém-chegado à administração da SAD do Benfica, já está a par de algumas das problemáticas que afetam os clubes portugueses. Num painel do Thinking Football Summit, o novo dirigente águia apontou soluções para mitigar o "sufoco existente" a que as sociedades desportivas estão obrigadas.
A questão da assistência nos estádios
«O Benfica tem uma lista de espera de 14 mil pessoas para ter lugar anual. É uma coisa que impressiona», referiu Catarino. O administrador notou que no Bayern Munique, nos jogos do campeonato, a assistência é 10% superior à dos jogos europeus, algo que os clubes portugueses precisam de replicar.
«Temos de arranjar soluções. A nossa economia é a 19.ª da Europa. A realidade vai levar-nos para esse lugar do ranking. O risco é real. Tornou-se mais real nos últimos dois anos e temos de trabalhar em todos os vetores», alertou o novo dirigente do Benfica.
A necessidade de uma maior união na indústria
Catarino apontou também que será importante haver uma união maior entre a indústria do futebol em Portugal. «Nós concorremos no campo, na compra de jogadores, mas temos de cooperar mais noutras áreas. Isto é uma indústria. Se compararmos ao desporto americano, a realidade lá é quase cooperativa. Trabalha-se em conjunto, partilha-se experiência. Toda esta cooperação tem de ser feita para evitarmos este potencial declínio», afirmou.
O novo administrador da SAD do Benfica defendeu que esta cooperação passará por «trabalhar um bocadinho de tudo, da inovação dos clubes, na forma como trabalhamos no ecossistema».