Propostas de reforma dos estatutos do Benfica visam reforçar blindagem do clube na SAD

  1. Reforço do controlo do Benfica na SAD
  2. Impossibilidade de perda do controlo da SAD
  3. Outras novidades na proposta

Reforço do controlo do Benfica na SAD


A proposta única de revisão dos estatutos do Benfica, resultado do acordo entre a Direção, a Comissão e o movimento "Servir o Benfica", visa reforçar a blindagem do clube no universo empresarial, nomeadamente na Sociedade Anónima Desportiva (SAD), conforme sublinhado por Jaime Antunes, em declarações à BTV.

De acordo com Jaime Antunes, «com esta proposta, reforça-se o maior peso, e responsabilidade também, na intervenção do Benfica nas empresas participadas, particularmente nas sociedades desportivas. Há a garantia de que o Benfica não pode perder a maioria e tem de manter o controlo da gestão. Compete ao Benfica indicar o presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, se existir. Cria-se aqui um conjunto de instrumentos de responsabilização das direções futuras, no sentido de assumirem a liderança clara das sociedades, neste caso concreto, da SAD».

Impossibilidade de perda do controlo da SAD


Numa altura em que é conhecida a intenção do Lenore Sports Partners em adquirir a participação do empresário José António dos Santos (16,38%), Jaime Antunes assegurou que a SAD nunca terá outro dono. «É impossível com estes estatutos. Para que isso possa acontecer, é preciso haver uma assembleia geral que altere os estatutos. Uma direção futura não pode criar uma situação em que o Benfica fique minoritário na SAD.»

Outras novidades na proposta


Outra novidade é a obrigatoriedade de os sócios votarem «as contas consolidadas do grupo e não apenas do individual». «Isto é uma mudança extraordinária, do ponto de vista do poder dos sócios na vida do clube», adiantou Jaime Antunes, revelando que está definida a obrigatoriedade de ser aprovado, em assembleia geral, um regulamento de ética e de boas práticas.

A proposta prevê ainda a limitação de três mandatos para os presidentes da Direção, da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e da Comissão de Remunerações, com o objetivo de evitar a «eternização das pessoas nos mesmos cargos». Quanto às remunerações, será criada uma comissão de remuneração, «composta por cinco sócios do Benfica, com qualificações e experiência para desempenhar as funções e definição das remunerações da Direção e dos restantes órgãos sociais ao nível de senhas de presença». Segundo Jaime Antunes, haverá um teto para despesas com remunerações de 0,5 por cento da faturação do grupo Benfica, para «evitar alguma irracionalidade que possa existir».

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