O medalhista de prata olímpico no triplo salto, Pedro Pichardo, afirmou que espera em breve reunir-se com o presidente do Benfica, Rui Costa, para discutir a sua permanência no clube. No entanto, o atleta deixou claro que não quer ter qualquer relação com a diretora do projeto olímpico e do atletismo dos encarnados, Ana Oliveira.
«Espero reunir com o presidente Rui Costa em breve. Estou cá ainda, espero chegar a Portugal e o mais rapidamente possível reunir com o presidente e ver se arranjamos alguma solução para ver se a diretora do clube me deixa em paz, a Ana Oliveira está a chatear-me muito», declarou Pichardo, em entrevista à Lusa.
Desacordo com a direção do Benfica
O diferendo entre o atleta e o Benfica, com quem tem contrato até Los Angeles 2028, já se arrasta há meses. Pichardo chegou a recusar aceitar o processo de filiação na plataforma da Federação Portuguesa de Atletismo, o que o impediria de participar em Paris 2024.
«Agora, espero chegar a Portugal e tentar reunir com o presidente e ver se chegamos a um acordo», disse Pichardo, que gostaria de continuar no Benfica, mas com melhores condições de treino. «Acho que eu, pelo que tenho conquistado, mereço ter uma estrutura de treino bem formada. Infelizmente, não tenho essa estrutura. Treino num sítio, tenho de sair daí para ir à procura de um fisioterapeuta, as condições também... A Câmara de Setúbal faz-me o favor de me dar condições, mas também não é uma obrigação deles», lamentou.
Condição para permanecer no Benfica
Pichardo estabeleceu como condição para permanecer no Benfica ter um acordo que determine que Ana Oliveira o deixe «em paz». «Eu vou treinar, represento o clube, mas nada a ver com a diretora de atletismo do Benfica», reforçou.
Até o momento, Pichardo não conseguiu se reunir com Rui Costa. «Tem sido difícil, acho que está muito ocupado. Não sei explicar, eu tenho tentado mandar mensagens para ele», garantiu o atleta, que antes de viajar para a capital francesa recebeu uma mensagem do presidente e os dois combinaram que iriam se reunir quando Pichardo voltasse a Portugal.