Numa operação designada "Operação Pretoriano", as autoridades realizaram buscas não domiciliárias a 31 de janeiro de 2024, tendo apreendido diversos artigos contrafeitos, a maioria da marca New Balance e alusivos ao FC Porto, cuja equipamento é dessa marca. No entanto, as buscas também revelaram a apreensão de material da marca Nike, da seleção do Brasil, bem como equipamentos do Benfica, da marca Adidas.
O principal arguido desta operação é Carlos Manuel Nunes Marques, mais conhecido por Jamaica, um dos 12 arguidos da Operação Pretoriano, de quem o Ministério Público (MP) considera poder ser acusado da prática de crime de contrafação.
Material apreendido
Segundo o acordo da acusação a que o jornal O JOGO teve acesso, o material apreendido durante as buscas não domiciliárias totaliza 68 artigos, quase todos da marca New Balance e alusivos ao FC Porto, além do material da marca Nike, da seleção do Brasil, e dos equipamentos do Benfica, da marca Adidas.
Outros arguidos
O MP acusou Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e outros nove arguidos da Operação Pretoriano de vários crimes, entre os quais ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação.
O arguido Hugo Loureiro é ainda acusado de detenção de arma proibida. No despacho, o MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos.
O FC Porto e a sua SAD constituíram-se assistentes do processo, tendo em conta a tentativa da claque Super Dragões "criar um clima de intimidação e medo" na Assembleia Geral do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da atual direção" 'azul e branca', então liderada por Pinto da Costa.