Nicolás Otamendi, capitão do Benfica, iniciou ontem a sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 pela seleção argentina, aos 36 anos. Apesar de já ter conquistado o Mundial, a Copa América e a Finalíssima Intercontinental com a Argentina, o defensor central ainda busca o ouro olímpico, uma lacuna em seu extenso currícula.
O Benfica concedeu a autorização para que Otamendi representasse a Argentina nos Jogos, ao contrário do que aconteceu com Trubin, do Shakhtar Donetsk, que viu seu pedido para defender a Ucrânia ser negado. No entanto, o autor do texto entende que não há igualdade de tratamento entre os clubes nessas situações, pois as decisões dependem das circunstâncias de cada caso.
Otamendi justifica prioridade pela seleção
Otamendi justificou a sua prioridade pela seleção: «O clube compreendeu e deu-me autorização para vir, considerando a minha idade e a minha vontade. Eles sabem que a seleção é sempre uma prioridade. Sacrifiquei as minhas férias para poder estar nos Jogos Olímpicos.» No entanto, o autor considera que o argentino foi «deselegante» ao omitir o papel do Benfica, que lhe paga o salário.
Após uma temporada desgastante no Benfica, com 51 jogos disputados, Otamendi não teve férias e se juntou à seleção argentina apenas nove dias após a final da Copa América, conquistada pela albiceleste. O autor vê esse cenário como um «exagero», especialmente por Otamendi ter 36 anos, mesmo não tendo histórico de lesões.
Benfica concede liberação, mas com ressalvas
Para o Benfica, a situação pode ser um problema desportivo, uma vez que Otamendi é o capitão da equipa. O presidente Rui Costa e o treinador Roger Schmidt concordaram com a liberação do jogador, mas o autor acredita que Otamendi foi «deselegante» ao priorizar a seleção sem mencionar seu clube.
Otamendi é titular indiscutível no Benfica e espera manter essa condição ao retornar dos Jogos Olímpicos. No entanto, o autor ressalta a presença de jogadores como Morato e Tomás Araújo, que podem disputar a posição com o veterano defensor. Essa situação pode ser um desafio para o técnico Roger Schmidt, que também terá de lidar com a «alergia» a substituições do também experiente Di Maria.
Equilíbrio entre seleção e clube
Em resumo, a decisão de Otamendi de priorizar a seleção argentina nos Jogos Olímpicos, mesmo após uma temporada desgastante e a recente conquista da Copa América, levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre seus compromissos com a seleção e o Benfica, que lhe paga o salário. O autor considera que o jogador poderia ter sido mais elegante ao se referir ao papel do clube em sua convocação.