O Benfica de Roger Schmidt parece estar a tomar forma, com contratações estratégicas que visam fortalecer diferentes setores da equipa. O técnico alemão aproveita o "espaço vacante" deixado por Rafa para manter feliz Orkan Kokçu na posição 10 e, possivelmente, contar ainda com Ángel Di María para finalmente estabilizar a ala direita com David Neres.
Segundo as informações, Schmidt está a montar uma equipa praticamente completa, com exceção de um eventual suplente para Alexander Bah. As principais incorporações são Pavlidis, Leandro Barreiro e Jan-Niklas Beste, que prometem trazer uma nova dinâmica ao meio-campo encarnado.
Uma ala de combate no meio-campo
A chegada de Beste permite que Aursnes se concentre no seu papel mais natural, o "meio-espaço esquerdo no meio-campo adversário". Juntos, Beste e Aursnes formam uma "ala de combate, pressão e contrapressão", com o ex-Heidenheim a aproveitar a sua fisicalidade para "fazer piscinas junto à linha lateral, tirar cruzamentos com acerto e até aparecer em zonas de finalização".
Leandro Barreiro também traz uma "voracidade na recuperação de bola", sendo uma "unidade mais de duelo do que de leitura posicional", podendo dividir esforços com João Neves, que se torna "cada vez mais físico".
Kokçu e a estabilidade no meio-campo
Com Kokçu disponível para o "trabalho contra a bola" e Florentino Luís como opção de rotação, o corredor interior do Benfica parece bem "dotado para as inúmeras frentes que se adivinham durante a temporada".
O único problema que se coloca é a possível saída de João Neves, apesar da cláusula de rescisão que parece salvaguardar o Benfica. O clube terá de lidar com a "satisfação plena do próprio atleta", que recusou uma proposta de renovação antes do Europeu.
O lado direito e a questão Di María
No lado direito, a grande dúvida é em relação a Ángel Di María. Apesar da "definição no cruzamento e na finalização" que o tornam desejado, a "falta de capacidade nos duelos individuais" pode levar a um eventual adeus, sobretudo num contexto de "tantas fragilidades na transição defensiva" na última época.
David Neres reclama o seu lugar, enquanto Bah, quando disponível, "adianta a pressão no terreno", apesar de alguns "assuntos não resolvidos com a cobertura da profundidade".
Pavlidis e a melhoria na finalização
Pavlidis trará "mais mobilidade e ligação, com uma definição no atirar à baliza acima do que existia". Embora não seja "um acrescento por aí além nas ondas de pressão", a equipa poderá estar "mais equilibrada" e menos dependente desse aspeto.
A busca pela solidez
Segundo a análise, Schmidt parece procurar "a solidez de outros tempos", com o "aumento da qualidade da finalização" e o "aperto da malha da pressão" como principais objetivos. Isto surge num contexto de "mais de 200 milhões de euros investidos em duas épocas" e "com custos elevados nos vencimentos".
Os rivais e as possíveis fragilidades
O Benfica não joga sozinho, e os rivais também se reforçaram. O Sporting aposta numa "maior fluidez na construção", com a contratação de Debast e a provável entrada de "um terceiro central com qualidade no passe".
Já o Benfica parece ter algumas fragilidades a resolver, nomeadamente no "passe vertical" e na "quebra de linhas com o transporte da bola", aspetos que não foram totalmente colmatados pelas novas contratações. António Silva e Tomás Araújo poderiam ser soluções, mas ainda não se afirmaram.
Uma equipa aparentemente preocupada apenas com parte do problema
Apesar dos reforços, o Benfica "só tem sido exposto pelos grandes rivais ou nas provas europeias", e Schmidt parece estar "aparentemente preocupado com parte do problema". Será necessário acompanhar de perto o desenvolvimento desta nova equipa encarnada.