Apesar de terem sido inicialmente impedidos de viajar para Portugal pelo Centro Comum de Vistos (CCV), a comitiva da EFAT, composta por 11 crianças e jovens e quatro adultos, acabou por participar no Torneio Internacional de Futebol Barcelos Cup, do escalão sub-11, que decorreu no fim-de-semana no Complexo Desportivo de Galegos Santa Maria.
A decisão do CCV, que justificou a medida com «dúvidas razoáveis quanto à intenção do requerente de sair do território dos Estados-membros antes de caducar o visto», provocou indignação geral. A própria Câmara de Barcelos, entidade que garantiu o alojamento, a alimentação e o transporte durante o evento, interveio, com o presidente Mário Constantino a apelar para que tudo fosse resolvido até à data do torneio, o que veio a acontecer.
Investimento de 13.600 euros
Segundo informações do jornal cabo-verdiano A Nação, a equipa já tinha gasto cerca de 1 500 contos – o equivalente a 13 600 euros, sensivelmente – para preparar a viagem e na obtenção de vistos.
Excelente prestação da EFAT
Apesar dos obstáculos, a EFAT fez «excelente figura», terminando em 4º lugar entre 16 formações, numa competição que foi conquistada pelo Benfica. A equipa somou dez pontos em cinco jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota, marcando 15 golos e sofrendo seis, sendo o terceiro melhor ataque da prova.
Como «prémio», o Gil Vicente recebeu no seu estádio a comitiva da EFAT. Para a história, além do mais importante que foi a participação das crianças, fica a prestação deixada pelos cabo-verdianos.