Um dia após a Assembleia Geral Extraordinária onde o orçamento do Benfica para a época 2024/25 foi votado, o movimento «Servir o Benfica» afirmou que o orçamento foi rejeitado.
De um total de 1.992 membros votantes, 47,6% votaram a favor, 43,2% votaram contra e 9,2% abstiveram-se. Isto significa que não houve maioria absoluta, como exige os estatutos do clube (artigo 57º, parágrafo 1º), que indicam que «as deliberações da Assembleia Geral são tomadas por maioria absoluta dos votos dos membros presentes».
A posição do movimento «Servir o Benfica»
Citando este facto, o movimento «Servir o Benfica» afirma que a matéria em discussão foi rejeitada. É de notar que no website oficial do Benfica, os resultados da votação foram apresentados sem mencionar se o orçamento foi ou não aprovado. No entanto, no canal de televisão do clube, o BTV, foi feita referência ao orçamento ter sido validado pelos membros presentes no Estádio da Luz.
Embora os estatutos não exijam a apresentação de uma nova proposta orçamental, o movimento liderado pelo antigo candidato à presidência do Benfica desafia a atual direção. «Seria salutar (...) que a direção apresentasse uma nova proposta de orçamento devido à não aprovação do que foi votado ontem, incluindo as muitas sugestões e comentários registados nas intervenções dos associados durante a reunião, ao contrário do que aconteceu em 2020 com a direção liderada por Luís Filipe Vieira», afirmou o movimento num comunicado.
A posição do Benfica
Entretanto, o Benfica convocou peritos jurídicos para analisar a questão do orçamento após a sua alegada rejeição. Os advogados estão a tentar perceber se a taxa de abstenção de 9,19% corresponde efetivamente a votos expressos, pois isso poderia influenciar o resultado. O clube tinha inicialmente anunciado os resultados da votação sem confirmar se o orçamento foi ou não aprovado, algo que o movimento «Servir o Benfica» salientou no domingo.