Durante a Assembleia Geral do Benfica, realizada esta tarde no Estádio da Luz, um dos sócios questionou o presidente Rui Costa sobre a contratação de Bernardo Martins, cujo dossiê foi revelado na auditoria forense do clube.
O associado perguntou a Rui Costa se este sabia em que posição Bernardo Martins jogava, ao que o presidente respondeu negativamente. «Boa. Custou-nos 600 mil euros», atirou então o benfiquista, lembrando o valor pago pelo Benfica ao Leixões por 75% do passe do jogador.
A auditoria forense, de facto, detetou que o Benfica pagou 600 mil euros pelo médio, que realizou apenas 12 jogos pela equipa B na temporada 2018/19. Seis meses depois, o Benfica cedeu uma parte dos direitos económicos de Bernardo Martins ao Paços de Ferreira, a custo zero, ficando os castores com 35% do passe do jogador. De acordo com a auditoria, o Benfica não abdicou de 40% do passe, mantendo-o ainda na sua posse.
A passagem de Bernardo Martins pelo Seixal foi, portanto, bastante curta, não se tendo afirmado na equipa B do Benfica. Ainda assim, o clube da Luz investiu 600 mil euros na sua contratação, valor que agora é questionado por um dos sócios na Assembleia Geral.