Divergências com Rui Costa na origem da saída
O Benfica comunicou esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a renúncia de Luís Mendes ao cargo de vice-presidente e administrador executivo da SAD do clube. Esta saída surge após terem sido conhecidas algumas divergências entre Mendes e o presidente do Benfica, Rui Costa.
«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD ('Benfica SAD') informa, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do artigo 6.º, n.º 1 do Regulamento da CMVM n.º 1/2023, que o seu administrador executivo Luís Paulo da Silva Mendes apresentou, em 12 de junho de 2024, renúncia ao cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Benfica SAD. Esta renúncia produz efeitos nos termos previstos na lei», pode ler-se no comunicado do clube.
Conflito sobre modelo de funcionamento da SAD
Segundo apurou O JOGO, Luís Mendes sai em conflito com elementos da Direção encarnada, após ter estado no epicentro de uma discussão mais acalorada com os seus parceiros diretivos a propósito do modelo de funcionamento da SAD.
Luís Mendes considerava que a seu cargo teriam de estar as mesmas temáticas que o anterior CEO, Domingos Soares de Oliveira, assumia, para além da pasta das finanças. No entanto, a descentralização de funções que se seguiu à saída de Soares de Oliveira, exigida há muito pelos outros vice-presidentes, não era vista como produtiva para o futuro da sociedade e, por arrasto, do próprio clube.
Transição na estrutura diretiva do Benfica
A saída de Luís Mendes surge numa altura em que o Benfica atravessa um período de transição na sua estrutura diretiva, com a chegada de Rui Costa à presidência do clube e a consequente reorganização dos pelouros e responsabilidades na SAD.
Luís Mendes sucedeu a Domingos Soares de Oliveira, antigo braço-direito de Luís Filipe Vieira, na SAD do Benfica. Soares de Oliveira, que detinha a pasta financeira do clube, saiu do Benfica para ingressar no Al Ittihad, da Arábia Saudita, depois de vários anos ao serviço dos encarnados.