Contratos entre Benfica e Vitória FC sob investigação
Durante dois anos, entre 2016 e 2017, a Benfica SAD realizou uma série de contratos com a Vitória Futebol Clube (VFC) SAD relacionados com o empréstimo de jogadores e a aquisição de direitos de preferência sobre atletas do Setúbal. De acordo com a investigação da Polícia Judiciária (PJ) e do Ministério Público (MP) no chamado caso dos emails, todos esses contratos não terão tido qualquer racional económico para o Benfica e não terão sido mais do que uma forma de a SAD então liderada por Luís Filipe Vieira transferir verbas para o Vitória FC, cujas dificuldades financeiras eram já conhecidas.
Segundo a revista Sábado, Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, será ouvido a 4 de junho e promete explicar todos os acordos entre os dois clubes. A investigação da PJ e do MP concluiu que estes contratos não tiveram qualquer lógica económica para o Benfica, tendo sido apenas uma forma de transferir verbas para o Vitória FC, que enfrentava graves problemas financeiros.
Decisão de Rui Costa em manter Roger Schmidt gera polémica
Recentemente, Rui Costa, atual presidente do Benfica, decidiu manter o treinador Roger Schmidt na próxima temporada, apesar da contestação de alguns adeptos. Esta decisão surpreendeu alguns benfiquistas e até rivais, como o portista Nuno Encarnação, que questionou se «Rui Costa dormiu no Seixal» numa alusão a uma decisão semelhante tomada por Luís Filipe Vieira há algumas épocas atrás.
Nessa altura, Luís Filipe Vieira assumiu que viu «uma luz» enquanto pernoitava no Seixal e decidiu manter Rui Vitória como treinador, apesar da contestação. «Foi uma luz que me deu», justificou Vieira à imprensa. A decisão não foi consensual na estrutura do Benfica e, semanas depois, Rui Vitória acabou por ser despedido.
Contestação a Roger Schmidt
Agora, Rui Costa alinha pela mesma lógica e decide manter Roger Schmidt, apesar dos focos de contestação que têm sido visíveis no Estádio da Luz e em outros estádios onde o Benfica jogou recentemente. Roger Schmidt já não tem a popularidade que teve no começo da época 2022/23, com muitas vozes críticas em relação ao técnico germânico, que chegou a «provocar os sócios» numa atitude «inacreditável», como observou o ex-vice-presidente João Braz Frade.