Talisca: "Jorge Jesus mudou-me de posição e tornou-me um goleador"

  1. Jorge Jesus mudou a posição de Talisca no Benfica, tornando-o num goleador
  2. Talisca já foi convocado 2 vezes pela seleção brasileira mas nunca chegou a estrear
  3. Talisca quer terminar a carreira no Bahia, clube onde começou
  4. Talisca considera que a sua passagem pela Arábia Saudita já não é um obstáculo para voltar à seleção brasileira

Em entrevista ao Globo Esporte, o médio brasileiro Anderson Talisca, de 30 anos, admitiu que o técnico português Jorge Jesus teve um grande impacto na sua carreira, quando o treinava no Benfica, ao mudá-lo para uma posição mais avançada no terreno e torná-lo num verdadeiro goleador.

"Foi o mister Jorge Jesus que fez essa mudança na minha posição. Jogava um pouco mais para trás no Bahia. Avancei um pouco lá, ele viu, mas no Benfica ele mudou-me realmente de posição. Eu finalizo muito bem, tenho muita sensibilidade para fazer golo. Tudo isso fez muita diferença na minha carreira. Foi um divisor de águas para o meu crescimento, na verdade."

Seleção Brasileira

O brasileiro revelou que um dos seus grandes objetivos é regressar à seleção brasileira, onde já foi convocado por duas vezes, em 2014 e 2018, mas nunca se chegou a estrear. Talisca acredita que a sua passagem pela Arábia Saudita já não será um entrave para voltar a ser chamado.

"Acho que é um objetivo que já estava encaminhado. A Arábia Saudita já não é mais dúvida para ninguém. Dentro do futebol asiático é o país que tem o futebol mais forte. Em termos de qualidade, intensidade, muito mudou. Creio que, na conceção das pessoas, mudou 100% em relação a isso. Isso não vai ser mais um empecilho para ir à seleção brasileira e poder conquistar esses objetivos."

Regresso ao Bahia

Talisca revelou também que pretende terminar a carreira no clube onde tudo começou, no Bahia, mas que não é para já. O médio considera que a sua carreira está "muito organizada" e "bem estruturada" depois de dez anos fora do Brasil.

"Isso para mim é algo que não abro a mão. Só se o City Football Group ou o Bahia não quiser, mas voltar para o Brasil agora não é o meu objetivo, até porque a minha carreira está muito organizada, bem estruturada, dez anos fora do Brasil. Carreira muito sólida, mantive um padrão muito alto de rendimento, mas encerrar no Bahia é algo que já está planeado. É algo que tenho sempre no meu coração, foi o Bahia que me abriu as portas. Tenho esse carinho, mas não faço contas, enquanto tiver a aguentar e a jogar bem... não quero encerrar sem qualidade."

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