Vasco Vilaça, a esperança portuguesa nos Jogos Olímpicos de Paris

  1. Vasco Vilaça é uma das esperanças portuguesas de uma medalha em Paris 2024
  2. Portugal terá pela primeira vez a quota máxima de 4 atletas no triatlo olímpico
  3. Vanessa Fernandes foi um ídolo que inspirou Vasco Vilaça a seguir o triatlo
  4. Vasco Vilaça foi mordido por um leão-marinho durante um treino de natação na Califórnia

Os olhos de Vasco Vilaça brilham quando fala sobre Paris e recorda o evento teste para os Jogos Olímpicos, em agosto passado. «Passamos de bicicleta nos Campos Elíseos e muito perto da Torre Eiffel, a reta da meta e a transição são na Ponte Alexandre III. É espetacular, muito bonito.»

O segundo lugar nessa prova foi uma dose adicional de confiança para o triatleta de 24 anos que é uma das esperanças portuguesas de uma medalha em Paris. Mas Vasco recorda sobretudo a emoção de estar a viver aquilo com que sonha desde criança, desde que viu Vanessa Fernandes ganhar a prata em Pequim 2008.

A emoção de estar perto do sonho Olímpico


«Foi o primeiro momento em que pude sentir o nervosismo e a ansiedade extra dos Jogos Olímpicos, sentir que a oportunidade de ser atleta olímpico está perto. Estava emocional antes da partida. Foi bonito e acho que vai ser uma experiência inesquecível», diz Vasco Vilaça. «Fiquei feliz com o resultado também por isso, por não me ter afetado. Nos Jogos vai ser se calhar dez vezes mais emocional e foi bom saber que mesmo assim isso não afeta a minha performance.»

A estreia histórica de Portugal no triatlo


Agora, ele prepara-se para a estreia mesmo a sério em Jogos Olímpicos. Estará em Paris na competição individual de triatlo e na estafeta, uma participação histórica para Portugal, que terá pela primeira vez a quota máxima de quatro atletas no triatlo. Integram a representação nacional, além de Vasco Vilaça, Ricardo Batista, Maria Tomé e Melanie Santos, que já participou nos Jogos Olímpicos de Tóquio.


Em fevereiro, eles subiram ao segundo lugar do pódio na Nova Zelândia e o cancelamento da etapa seguinte, por causa do temporal que assolou os Emirados Árabes Unidos, fechou ali o ranking e garantiu para Portugal o último lugar de qualificação, assegurando de caminho a presença dos quatro atletas na prova individual.

Uma preparação exigente


A partir daí, o foco centrou-se na preparação para uma época de competição que terá ponto alto nos Jogos Olímpicos. E que preparação. Vasco fala com o Maisfutebol a partir de Font Romeu, nos Pirenéus. É final da tarde, acaba de completar mais um treino e o dia ainda não acabou. Cansa só ouvir.


«Num dia normal temos treino de natação das 8h às 10h, depois uma pausa, a seguir do meio-dia até às 15h um treino de ciclismo e ao final do dia duas horas e meia de treino de corrida.» O expediente não termina aqui. «Depois disso ainda temos a recuperação, a fisioterapia, a massagem, banhos de gelo. Temos pausas de duas horas entre os treinos em que vamos para casa para comer, que é muito importante quando estamos a treinar tanto, tal como deitarmo-nos a horas para estarmos prontos na manhã seguinte outra vez. Acaba por ser um trabalho normal, mas em vez de estarmos ao computador ou a fazer o que uma pessoa normal faria, estamos a treinar», sorri.

Sem folgas durante o ano


Há dias com menor intensidade, mas não há folgas. «No fim do ano tenho duas semanas de férias, mas não temos nenhum dia de pausa durante o ano. Temos de gostar bastante de fazer o que fazemos, porque há pouco tempo para fazer outras coisas.» Pois, há empregos bem menos intensos.

O gosto pelo triatlo desde criança


Mas Vasco Vilaça escolheu o triatlo. Essa é a sua vida desde sempre. «Comecei com seis ou sete anos. Era muito novo e acho que é daí que vem também o gosto por fazer triatlo hoje, para passar a vida nisto e não ter muito tempo para outras coisas.» O gosto vem, como ele vai contar, por ter começado por viver a modalidade como uma brincadeira entre amigos.


O triatlo apareceu porque Vasco e a irmã Vera, que também foi triatleta de alta competição e agora se dedica ao ciclismo, gostavam de correr e pedalar. De nadar ele não gostava, mas já lá vamos. Foi então que começaram a ouvir falar sobre Vanessa Fernandes, a portuguesa que ganhava tudo o que havia para ganhar no triatlo.


«Se não fosse a Vanessa, eu não estava cá hoje. Eu e a minha irmã e os meus pais só encontrámos o triatlo pelas notícias sobre a Vanessa, que levou os meus pais a procurarem saber mais sobre o triatlo. Nós gostávamos muito de andar de bicicleta e de correr, os meus pais queriam que nós aprendêssemos a nadar e isso foi na altura em que a Vanessa ganhava tudo. Os meus pais acharam que era uma boa forma de conjugar o que nós já fazíamos e gostávamos com aquilo que eles queriam que aprendêssemos.»

Os ídolos do triatlo português


Ele viu pela televisão a prova de Vanessa Fernandes em Pequim, quando ganhou a medalha de prata. É uma recordação de criança, difusa. «Não me lembro se vi a prova toda, mas tenho memória de estar à frente da televisão com os meus pais a torcer por ela. Foi uma luta bastante dura entre a Vanessa e a Emma Snowsill, que foi a campeã olímpica.»


Encontraram-se os dois, muito depois. «Quando dei o meu salto para um objetivo mais profissional juntei-me ao Benfica, que é a equipa mais profissional no triatlo, com um objetivo olímpico. Foi aí que conheci a Vanessa. Foi o sonho de conhecer um ídolo, mas também uma pessoa especial, que está sempre pronta a partilhar a experiência dela e a ajudar os atletas mais novos, como me ajudou a mim.»

Superar o medo da água


Antes disso, Vasco ganhou o gosto pelo triatlo no Belenenses. «A partir do momento em que encontrámos um grupo de crianças que estava a fazer a mesma coisa foi muito fácil criar o gosto pelo desporto. Mais do que treinar, brincávamos. E foi aí que ganhei o bichinho. Eu não era muito bom, mas divertia-me muito. Acho que o mais importante em criança é gostar. Para mais tarde vir a ser bom tem de se ter gosto.»


Pelo meio, teve de superar o medo… da água. Vasco sorri a recordar aquelas «fantasias de criança». «Eu não nadava muito bem e criava umas fantasias, achava que havia crocodilos e tubarões na água. Acho que era um bocadinho sentir que estava fora de controlo. No primeiro ano só fiz duatlos, porque quando chegava à água tinha medo.»


Isso começou a mudar quando um dia, a sair de casa para mais uma competição, os pais puseram apenas no carro a bicicleta de Vera. «Eu perguntei: 'Então, mas porque é que não põem a minha?' E eles disseram: 'Se não queres fazer triatlo não há problema, não te vamos forçar.' 'Não, não, eu quero, eu quero. Metam a minha bicicleta, também vou!'»

Atacado por um leão-marinho


Nunca mais teve medo da água, mas a fantasia quase se tornou realidade muitos anos mais tarde. Foi em setembro de 2022, num treino de natação em Malibu, na Califórnia. Vasco estava sozinho no mar, quando viu uma sombra debaixo de água.


Ele conta a partir daqui. «Quando era criança tinha aquela imaginação, via uma folha a flutuar e dizia que era um tubarão. Passei esse medo e muitos anos depois realmente, não foi um tubarão nem um crocodilo, mas foi um leão marinho», sorri, a notar a ironia do destino.


«Houve uma onda que levou o leão marinho contra mim e ele assustou-se e mordeu-me. Não sei muito bem o que é que podia ter feito melhor ou pior, mas disseram-me que tive muita sorte, porque quando ele mordeu, eu consegui agarrá-lo e virei-o de barriga para cima, o que fez com que ele entrasse numa espécie de transe. Fica paralisado, tal como acontece aos tubarões. Isso fez com que eu conseguisse chegar até à praia sem o leão-marinho me atacar mais. Fui levando os dois e quando veio uma onda por cima de nós larguei-o e fui com a onda até ter pé.»

O salto para a elite internacional


Nessa altura, já integrava a elite do triatlo internacional, ele que em 2022 se juntou a um grupo internacional de atletas que tem sede em Girona, estrategicamente perto dos Pirenéus e dos treinos em altitude.


O caminho para lá chegar foi longo e passou por várias latitudes. Com centro na Suécia, para onde a família emigrou quando Vasco tinha 13 anos. «Foi na altura da crise económica na Europa, que tinha atingido Portugal de forma bastante dura.»


De início não foi fácil. Perdeu o grupo de treino e os amigos, treinava o ciclismo, a natação e a corrida em grupos separados e chegou a colocar em causa o futuro no triatlo. «Quando se é mais novo e se está num país tão diferente, a fazer uma coisa estranha que mais ninguém está a fazer, é fácil perder o gosto, querer deixar e ir fazer o que os outros estão a fazer, ir brincar ao hóquei no gelo, que é o que fazem na Suécia.»

A maturidade conquistada na Suécia


Mas então teve uma oportunidade que fez toda a diferença. Foi integrado no sistema desportivo sueco, que tem, explica, escolas de alto rendimento dedicadas a cada modalidade, para alunos do secundário. «Todos os anos só entram dois rapazes e duas raparigas. Temos um treinador de natação, um treinador de triatlo, acesso ao ginásio, temos o planeamento escolar todo apropriado aos nossos horários de treino.»


Aos 15 anos, foi viver para longe da família, a 200 km de distância. E isso ajudou-o a crescer. Vasco ri-se a lembrar esses tempos. «Eu era o mais novo, era bastante protegido em casa. Não sabia cozinhar, não sabia lavar roupa, não queria limpar o quarto nem fazer os trabalhos de casa. De repente, tinha de ser eu a fazer. Fui viver com um rapaz sueco e passámos pela mesma aventura. Nenhum de nós sabia cozinhar. Mas fomos aprendendo e divertimo-nos muito. 'OK, vamos pôr a panela, mete água a ferver. E pronto, às vezes queimávamos a comida, às vezes tínhamos de pôr um bocadinho de ketchup extra por causa da falta de sal, ou do sal a mais…»

Os resultados da maturidade


O estômago ganhou provavelmente resistência. Mas Vasco ganhou sobretudo maturidade. «Tive de tornar-me independente. Se eu quero estar a nadar às 5 da manhã, sou eu que tenho de acordar, porque não está lá ninguém a dizer para eu acordar. Ninguém me leva à escola, eu é que tenho de pegar na minha bicicleta e ir. Ter essa disciplina ajudou-me muito a dar um salto de maturidade bastante mais cedo do que as outras pessoas da minha idade. E foi aí que me desenvolvi bastante e dei um salto grande.»


Os resultados apareceram. Foi campeão europeu de juniores em 2017 e vice-campeão do mundo no ano seguinte. A partir daí estava lançado e nem a pandemia o atrasou. Pelo contrário. Quando o mundo fechou por causa da covid, Vasco e a irmã decidiram passar o confinamento em Portugal, sempre com o foco no treino. Foram para uma casa na aldeia e improvisaram treinos de natação numa piscina de criança.

Ricardo Esgaio: A resiliência do jogador do Sporting

  1. Esgaio é o jogador mais velho do plantel do Sporting com 31 anos
  2. Esgaio esteve com «um pé fora de Alvalade» durante o mercado de verão, com propostas do Médio Oriente e do SC Braga
  3. Rúben Amorim elogiou o papel de Esgaio: «O Esgaio vai ter o papel que teve sempre, quando é chamado para jogar dá o máximo»
  4. Esgaio já leva 149 minutos de jogo, enquanto Iván Fresneda, reforço de 9 milhões de euros, só acumulou 70 minutos

Paulinho pode ser solução no ataque da Seleção Nacional

  1. O avançado do Toluca é o melhor marcador da Liga mexicana com 11 golos e 7 assistências em 16 jogos
  2. Paulinho já leva 21 golos no ano civil, tornando-se uma opção viável para o ataque da Seleção Portuguesa
  3. O adjunto do Toluca, Nuno Campos, diz que muitos mexicanos lamentam não poder contar com Paulinho na sua seleção

Nas lágrimas de Pedrinho, o capitão do Pevidém

  1. Pedrinho, o capitão do Pevidém, chorou emocionado após a derrota na Taça de Portugal
  2. A Taça de Portugal é descrita como uma «prova linda, autêntico serviço público que põe os portugueses a descobrir... Portugal»
  3. Aos 33 anos, Pedrinho confessou: «Tive uma carreira que muitos apelidam de fracassada. Podia ter ido a outros patamares, mas fui feliz.»
  4. O texto estabelece um paralelismo entre Pedrinho e os fundadores do Sheffield Football Club, o mais antigo clube de futebol do mundo

Real Madrid atento à evolução do jovem médio-defensivo do Sporting, Dário Essugo

  1. Dário Essugo, jovem médio-defensivo do Sporting, tem dado nas vistas durante o seu empréstimo ao Las Palmas
  2. Sem espaço no plantel principal do Sporting, Essugo, de apenas 19 anos, partiu no último mercado de transferências para o seu segundo empréstimo consecutivo
  3. De acordo com informações divulgadas pelo programa 'El Chiringuito de Jugones', da estação televisiva espanhola Mega, a direção do Real Madrid, liderada por Florentino Pérez, tem vindo a acompanhar de perto a evolução de Essugo
  4. «O presidente está aí e a verdade é que sempre disse que tenho a renovação em cima da mesa, nesse aspeto estamos conversados há muito tempo», afirmou Rúben Amorim, treinador do Sporting

Benfica sofre primeira derrota sob Bruno Lage na Liga dos Campeões

  1. Benfica perde por 3-1 em casa com o Feyenoord na 3ª jornada da Champions
  2. Jovem médio Milambo em destaque com dois golos para a equipa holandesa
  3. Bruno Lage lamenta erros defensivos que custaram caro à sua equipa
  4. Treinador do Feyenoord elogia a exibição da sua equipa e a qualidade do Benfica

Feyenoord arrasa Benfica no Estádio da Luz

  1. Feyenoord vence Benfica por 3-1 no Estádio da Luz
  2. Antonio Milambo marca dois golos pelo Feyenoord
  3. Feyenoord consegue primeira vitória em solo português
  4. Igor Paixão destaca-se com duas assistências

Vitória de Guimarães formaliza protocolo com claque White Angels

  1. O Vitória de Guimarães celebrou um protocolo com a claque White Angels
  2. O protocolo regula o apoio técnico, financeiro e material ao Grupo Organizado de Adeptos
  3. O GOA deve contribuir para o enobrecimento do clube e ser composto apenas por sócios efetivos
  4. O clube prestará apoio logístico e financeiro às atividades da claque e às suas deslocações

Sporting e Braga vencem na Liga dos Campeões

  1. Viktor Gyokeres marcou 2 golos na vitória do Sporting sobre o Sturm Graz
  2. Tiago Brito e Tiago Sousa marcaram os golos da vitória do Sporting de Braga sobre o Interobal Plzen
  3. A fase de grupos da Liga dos Campeões de futsal está a decorrer em Pristina
  4. O Sporting já garantiu a presença na Ronda de Elite da Liga dos Campeões de futsal

Vitória de Guimarães e White Angels chegam a acordo para próxima temporada

  1. Os White Angels são considerados um dos grupos de adeptos mais influentes do futebol português
  2. O registo do GOA junto da APCVD é uma exigência legal para que as claques possam continuar a apoiar as suas equipas nos estádios
  3. O Vitória de Guimarães dá um passo importante para regularizar a sua relação com os White Angels, evitando potenciais problemas no futuro

Matheus Nunes rendido aos golos de Erling Haaland

  1. Matheus Nunes marcou um golo e fez duas assistências na goleada do Manchester City sobre o Sparta Praga na Liga dos Campeões
  2. Nunes ficou sem palavras após o golo espetacular de Erling Haaland
  3. Nunes afirmou que não importa se a vitória é por 1-0 ou 5-0, desde que se ganhe os 3 pontos