A última semana no Benfica foi marcada por uma polémica envolvendo o médio turco Kokçu, o reforço mais caro da história do futebol português. Em uma entrevista não autorizada, Kokçu expressou suas opiniões de forma direta, o que foi interpretado internamente como uma crítica direta ao treinador Roger Schmidt. João Carlos Teixeira, que jogou com o médio no Feyenoord, compartilhou sua visão sobre a personalidade de Kokçu, descrevendo-o como alguém que «diz sempre o que pensa e com o estatuto que tinha no Feyenoord, é normal que tenha a tendência para assumir mais e ser interventivo».

Personalidade Forte e Experiência Liderança

Teixeira destacou a personalidade forte de Kokçu, mencionando que mesmo aos 20 anos, o médio turco já demonstrava liderança dentro e fora de campo, chegando a ser capitão da equipa antes dos 23 anos. Sobre as críticas de Kokçu em relação ao excesso de tarefas defensivas e à falta de importância dada pelo treinador, Teixeira comentou que o jogador esperava um papel mais relevante no Benfica, especialmente considerando seu histórico no Feyenoord, onde era titular e capitão.

Impacto das Declarações e Avaliação Tática

O jogador português também avaliou a forma como as declarações de Kokçu foram recebidas, mencionando que, embora as mesmas pudessem não ter tido o mesmo impacto nos Países Baixos, o médio turco não proferiu nenhum comentário ofensivo. Teixeira ressaltou que Kokçu falou o que pensava sem ferir ninguém e que provavelmente o Benfica tomaria medidas em relação ao incidente.

Em relação à tática de jogo no Feyenoord, Teixeira explicou que Kokçu desempenhava o papel de ligação entre defesa e ataque, atuando como um jogador versátil e com liberdade para se movimentar pelo campo. Comparando-o ao seu ex-colega Aursnes, Teixeira destacou as diferenças de função entre os dois médios, sugerindo que Kokçu poderia render melhor na posição em que se sentisse mais confortável.

A situação envolvendo Kokçu e suas declarações polémicas certamente terá repercussões no Benfica, com a necessidade de gerir internamente a relação entre o jogador e a equipa técnica. A personalidade direta e assertiva de Kokçu, como descrita por Teixeira, pode ser um desafio e uma vantagem para o clube, dependendo da forma como é canalizada e gerida.